Antigas casas da OGMA no centro de Alverca continuam fechadas e a degradar-se
Presidente do município mantém interesse em adaptar as vivendas para receber habitação a custos controlados mas o processo anda a passo de caracol desde que as antigas casas da OGMA passaram para a posse do município em Janeiro do ano passado.
As seis vivendas degradadas que em tempos pertenceram às antigas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico (OGMA), no centro de Alverca, continuam fechadas, a degradar-se e a ser um mau cartão de visita na cidade.
As casas, avaliadas em 867 mil euros, estão muito degradadas e precisam de obras de conservação e reabilitação que ainda não se sabe quanto vão custar. A única certeza, por agora, é que o executivo socialista liderado por Fernando Paulo Ferreira - que voltou a merecer a confiança do eleitorado nas últimas autárquicas - mantém a intenção de adaptar as vivendas para habitação a custos controlados, sobretudo para jovens, mas o processo tem-se arrastado desde que as habitações passaram para a posse do município a custo zero em Janeiro de 2024.
“Em teoria darão para pelo menos 15 apartamentos, mas se a opção for para habitação jovem admito que possam ser criadas tipologias T0 ou T1, mais pequenas. Não sei dizer, terá de ser o arquitecto a fazer esse estudo”, já havia explicado Fernando Paulo Ferreira durante uma das últimas discussões públicas sobre o assunto. Só que entretanto pouco ou nada sobre o processo parece ter avançado.
Fernando Paulo Ferreira lembra que o que está em cima da mesa é a reabilitação da traça existente nas vivendas aquando da sua reabilitação e não a demolição das vivendas com construção de raiz. Os índices de estacionamento na zona deverão manter-se os mesmos.
“Reconhecemos que as vivendas são das poucas construções icónicas antigas que ainda persistem na cidade de Alverca e a ideia que temos é a reabilitação daquele edificado com a manutenção da memória. Será uma intervenção totalmente municipal e sem privados envolvidos”, explicou Fernando Paulo Ferreira. O estado de degradação das vivendas tem continuado a merecer algumas queixas por parte de alguns moradores e comerciantes da zona. Mário Monteiro, dono de um estabelecimento comercial nas proximidades, pede urgência da câmara na reabilitação do espaço. “Há tanta gente a precisar de casa e isto aqui fechado. Não é bonito de ver. Felizmente taparam as janelas e as portas mas tempos houve em que alguns sem abrigo entravam lá para dentro e tornavam tudo aquilo insalubre”, lamenta ao nosso jornal.


