CUF Santarém há dez anos a fazer a diferença na qualidade de vida e longevidade das pessoas
O Hospital CUF Santarém faz dez anos e apesar de ser uma criança no percurso de oito décadas do grupo que marcou e continua a marcar a diferença na saúde em Portugal, já tem provas dadas na melhoria do sector na região. Numa década já investiu mais de 30 milhões para melhor servir quem precisa de cuidados. A marca que a CUF está a deixar na região mede-se pelo milhão de consultas ou pelos 500 mil exames. Pedro Bastos, administrador do Hospital CUF Santarém, fala sobre o percurso desta unidade e dos 80 anos do grupo.
Qual é o melhor momento dos 10 anos de história do Hospital CUF Santarém? Em todas as fases da vida, seja na prevenção, diagnóstico, tratamento ou gestão de doenças, as equipas do Hospital CUF Santarém estão presentes para fazer a diferença na qualidade de vida e longevidade das pessoas da região. Promovemos um acompanhamento próximo que nos faz ser parte de histórias impactantes todos os dias. São mais de um milhão de consultas, 500 mil exames, 150 mil episódios de Atendimento Permanente, 50 mil internamentos e 30 mil cirurgias ao longo dos dez anos de vivência. É um privilégio e uma responsabilidade permanente podermos servir mais de 50 mil pessoas por ano nesta comunidade ribatejana com a qualidade da marca CUF. Por isso, escolher “o melhor” momento da história do hospital é difícil, mas destaco as obras de ampliação que concluímos este ano. Estas, não só demonstram o compromisso da CUF com a resposta dinâmica às necessidades de saúde da região, mas são sobretudo o resultado da confiança que a população depositou no hospital.
Quais são as apostas para os próximos anos? Continuaremos a dar prioridade ao desenvolvimento e bem-estar das nossas equipas. São 660 profissionais altamente qualificados e dedicados que dão vida ao Hospital CUF Santarém todos os dias. É através deles, da sua competência, motivação e experiência, que conseguimos garantir um cuidado de excelência a quem nos procura. Em conjunto com esta aposta nas pessoas, continuaremos a investir em novas áreas de especialidade e tecnologia, com o propósito de melhorar as condições de vida da população da região e reforçar a diferenciação clínica do hospital. Ao longo destes dez anos, concretizámos investimentos superiores a 31 milhões de euros, que marcaram o crescimento e o dinamismo do nosso projecto clínico, um dinamismo que queremos continuar a promover nos próximos anos.
Como é que tem sido a evolução da oferta assistencial? Temos vindo a alargar a oferta assistencial em várias áreas - como a Ortopedia, Cardiologia e Cirurgia Geral, com a aquisição de equipamentos e meios tecnológicos de última geração e com o aprofundamento técnico e científico do conhecimento das nossas equipas. Exemplos dessa evolução são a abertura da Unidade de Cuidados Intermédios, que veio criar as condições necessárias para tratamentos clínicos e cirúrgicos mais complexos, e a abertura do Hospital de Dia Oncológico, que permite realizar tratamentos em conforto, sem deslocações longas. Destaco, ainda, a instalação de equipamentos de imagiologia de ponta, integrando tecnologia de Inteligência Artificial, a criação da oferta de Cuidados Domiciliários e a abertura da Clínica de Medicina Dentária no centro da cidade de Santarém, reforçando a nossa proximidade à comunidade. Destaco, por fim, a certificação internacional da Unidade de Obesidade pela Associação Europeia para o Estudo da Obesidade, que reflecte a nossa atenção e resposta a um dos problemas de saúde mais impactantes do século.
Como é que olha para o futuro do Hospital CUF Santarém? O futuro continuará a ser feito através deste equilíbrio entre pessoas, inovação e compromisso com a qualidade, pilares que definem o percurso do Hospital CUF Santarém.
Queremos ainda continuar a ser uma instituição activa na comunidade e um parceiro significativo e com impacto social no desenvolvimento da região. Recordo que, para além de criar parcerias que contribuem para o desenvolvimento social e o bem-estar da população local, através da realização de acções de formação e eventos de literacia em saúde, a CUF é, desde 2019, membro do Conselho Local de Acção Social da Câmara Municipal de Santarém.
Qual foi a principal dificuldade no percurso até aqui? O principal desafio tem sido, e continua a ser, o de garantir que a nossa resposta em saúde acompanha e supera as expectativas de uma população em constante evolução, mantendo sempre o nosso padrão de qualidade. A saúde é uma área com uma exigência crescente em termos de inovação tecnológica e diferenciação clínica. Estabelecer uma nova unidade de saúde hospitalar e, posteriormente, garantir a sua consolidação e sustentabilidade, investindo continuamente na formação das nossas equipas e na aquisição de equipamentos de ponta, exigiu um esforço contínuo e uma dedicação total. Só no ano de 2025 foram investidas mais de cinco mil horas em formação para os colaboradores do hospital.
A concorrência é saudável e estimula a melhoria contínua de todos
Como é que a CUF se está a preparar para o aparecimento de um segundo hospital em Santarém? Encaramos com muita naturalidade. A existência de concorrência é uma situação normal e com a qual lidamos na maioria das regiões do país onde a CUF está presente. A nossa preparação assenta na consolidação da nossa posição de referência na região, focada na qualidade, na segurança e na confiança que a população nos deposita há 10 anos em Santarém. Acreditamos que a concorrência é saudável e estimula a melhoria contínua de todos os prestadores. O nosso foco mantém-se na diferenciação da nossa oferta assistencial, na excelência das nossas equipas e na humanização dos cuidados.
Recentemente várias personalidades defenderam a criação de um hospital universitário com base no hospital distrital. Alguma vez essa questão foi abordada com a CUF e qual é a vossa posição sobre a ideia? A CUF está sempre aberta ao diálogo e a parcerias que visem a melhoria da saúde em Portugal. A criação de um hospital universitário é uma ideia que reconhecemos como potenciadora do desenvolvimento regional, quer pela vertente clínica, quer pela académica e de investigação. A CUF tem uma longa e sólida tradição de ensino e investigação, colaborando ativamente com diversas instituições de ensino superior e hospitais. A CUF Academic Center é uma entidade do universo CUF que desenvolve e apoia os nossos colaboradores na investigação, nas publicações, nos ensaios clínicos e na formação, pilares fundamentais, há diversos anos, na atracção, retenção e desenvolvimento dos nossos profissionais. Qualquer projecto que fortaleça a formação e a investigação na área da saúde é visto com interesse pela CUF e potenciadora de atracção e retenção de talento na região. Um exemplo claro deste compromisso é o estágio em cirurgia do joelho, reconhecido pela Ordem dos Médicos, no qual recebemos estudantes do ensino pós-graduado de todo o país.
O que significa em termos empresariais e sociais os 80 anos que o grupo está a comemorar? Os 80 anos da CUF significam uma história de resiliência, inovação e um compromisso inabalável com o país e com a saúde dos portugueses. Em termos empresariais, é a prova de uma visão de futuro que nos permitiu crescer e consolidar a maior rede privada de saúde em Portugal. Em termos sociais, representa 80 anos de cuidado, de histórias de vida e de um contributo decisivo para a evolução da medicina no país, mantendo sempre o foco nas necessidades de cada pessoa. A CUF tem a sua origem numa preocupação genuína: a de cuidar da saúde dos colaboradores do grupo económico que a fundou, dando início a um percurso de excelência e compromisso com as pessoas. É um legado de que muito nos orgulhamos e uma motivação para o futuro.
O que é que mudou durante este tempo? O mundo mudou desde que nascemos há 80 anos. E a saúde também. Há mais pessoas, mais esperança de vida, novas doenças e maior complexidade. No entanto, há more conhecimento, mais inovação, novas tecnologias e terapias. E também mais saber e experiência acumulada. A CUF tem estado na vanguarda do conhecimento da saúde sempre alicerçada no seu propósito “Pela Vida com Humanidade e Excelência”.
Como é que os privados podem ajudar na resolução dos problemas do SNS? Acredito que o sector privado é parte da solução para um sistema de saúde mais eficiente e acessível. A CUF tem colaborado com o Estado Português ao longo de várias décadas, através de múltiplas formas de cooperação. A nossa experiência em parcerias público-privadas permitiu-nos contribuir para a gestão e modernização de unidades hospitalares relevantes, como o Hospital Fernando Fonseca, o Hospital de Braga e o Hospital de Vila Franca de Xira. Além disso, somos parceiros do SNS em programas como o SIGIC – Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, e mantemos convenções com o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Durante a pandemia, reforçámos a capacidade do SNS, colocando várias das nossas unidades, incluindo o Hospital CUF Descobertas, ao serviço da resposta nacional. Mais recentemente, assumimos o apoio no encaminhamento de grávidas, quando colocámos o Hospital CUF Descobertas à disposição do SNS.
E com outras áreas públicas da saúde? A CUF tem também uma forte vocação formativa e científica, colabora com universidades e escolas médicas, tanto no ensino pré-graduado como no pós-graduado, contribuindo para o desenvolvimento de profissionais altamente qualificados. Acreditamos num sistema de saúde plural, em que o sector público, social e privado se complementam, assegurando que todos os cidadãos têm acesso a cuidados de saúde de qualidade. O nosso compromisso com a excelência, inovação e ética clínica beneficia todo o sistema e contribui para elevar os padrões de qualidade da saúde em Portugal.
Acredita que um dia a saúde em Portugal será toda privada? O futuro da saúde passa por uma colaboração cada vez mais próxima entre os sectores público, social e privado, é nisso que acredito. Quando estas realidades trabalham em conjunto, de forma complementar e coordenada, é toda a população que sai a beneficiar. O futuro passa por uma maior articulação entre todos os sectores, com o objectivo único de garantir os melhores cuidados para a população. A complementaridade e a cooperação são a chave para a sustentabilidade e qualidade do sistema de saúde nacional.
A nova unidade em Torres Novas, a escola de saúde e a estratégia de crescimento
O Hospital CUF Santarém ainda tem condições para crescer se houver uma procura maior? Sim, o Hospital CUF Santarém foi concebido com uma visão de longo prazo, e as obras de ampliação que realizámos são prova disso, garantindo-nos a capacidade de responder melhor às necessidades crescentes da população. Continuaremos a investir em novas áreas de diferenciação e tecnologia, o que nos permitirá absorver um aumento da procura com qualidade de serviço.
Em que é que o Hospital CUF Santarém se está a diferenciar? A nossa diferenciação assenta em três pilares: a qualidade, a segurança clínica e a satisfação dos nossos clientes. Está na capacidade de prestar cuidados que aliam a humanidade e a inovação, garantindo às pessoas da região um acompanhamento completo e integrado. Diferenciamo-nos pelas equipas especializadas, competentes e experientes, que respondem às necessidades das pessoas, apoiadas por equipamentos de última geração e que estão integradas na rede de cuidados CUF, permitindo a qualquer momento a articulação com outros hospitais e clínicas da CUF.
Como é que está o processo de instalação da unidade em Torres Novas e que tipo de serviços vai prestar? Está a decorrer conforme o planeado e representa um passo importante na proximidade da CUF às pessoas da região. Esta nova unidade de saúde visa complementar a oferta da CUF na região e estará em total articulação com o Hospital CUF Santarém. A Clínica CUF Torres Novas disponibilizará uma vasta oferta de consultas de especialidades médicas e cirúrgicas, incluindo a Consulta do Dia, um serviço que permite o agendamento de uma consulta de Medicina Geral e Familiar no próprio dia. Terá, ainda, meios complementares de diagnóstico e tratamento, apoio de enfermagem e análises clínicas. Com uma localização privilegiada, com excelentes acessibilidades, a clínica estará preparada para servir, em regime de ambulatório, a população do concelho de Torres Novas e concelhos do Médio Tejo.
Há perspectivas de continuar a estender a rede CUF no distrito? A CUF tem uma estratégia de crescimento sustentado e de expansão da sua rede para servir melhor as comunidades. O distrito de Santarém é uma região de elevado interesse para nós. A abertura da Clínica Medicina Dentária CUF e a futura abertura da unidade em Torres Novas é um reflexo desse compromisso. Estamos sempre a avaliar novas oportunidades e localizações, mas qualquer decisão futura será sempre orientada pela necessidade de garantir a excelência dos cuidados de saúde e pela análise rigorosa das necessidades da população.
A unidade de Santarém e a futura de Torres Novas estão em cidades dotadas de hospitais públicos, isso é uma estratégia para aproveitar eventuais deficiências do SNS e colmatar as necessidades? A CUF demonstra um compromisso contínuo com a saúde da população portuguesa, enquanto parceira do Serviço Nacional de Saúde, sempre que necessário e através dos programas próprios desenvolvidos pelo Estado Português, e enquanto alternativa de qualidade, em seu complemento. Mais de 50% da população portuguesa tem seguros de saúde ou usufrui de subsistemas, motivando-nos a apostar numa oferta diferenciadora, em permanente evolução quantitativa e qualitativa.
Qual é a importância para a CUF da existência de uma Escola Superior de Saúde em Santarém? A existência de uma Escola Superior de Saúde em Santarém é de grande importância. A formação de novos profissionais de saúde é vital para a sustentabilidade do sector e é um factor-chave para a existência e retenção de talento em qualquer região. A CUF tem um protocolo instituído com a Escola Superior de Saúde de Santarém, desenvolvendo acções conjuntas e recebendo em contínuo estudantes de enfermagem e de auxiliares de acção médica no Hospital CUF Santarém e noutros hospitais da rede. Aproveitamos esta proximidade para captar jovens talentos e integrá-los nas nossas equipas, garantindo que o conhecimento académico se traduz numa prática clínica de excelência.
Um gestor que tem no casamento e no nascimento dos filhos os momentos mais importantes da vida
O administrador do Hospital CUF Santarém nasceu em Lisboa e teve uma infância marcadamente urbana, mas também sabe o que é o interior pelas temporadas de férias no Verão, no Norte de Portugal, na região de Viseu. Pedro Bastos jogou futebol desde pequeno com alguma aptidão para guarda-redes e também foi jogador de ténis num nível competitivo, mas abandonou este desporto aquando da entrada para a faculdade.
Quando era mais novo fazia colecções de selos, moedas e notas. Actualmente, nos tempos livres gosta de estar com a família e amigos e de viajar. Gosta de fazer a programação de viagens de férias. Mais recentemente começou a fazer a árvore genealógica da família. A sua principal referência a nível mundial é o já falecido Papa Francisco. Durante vários anos trabalhou como voluntário na organização da Jornada Mundial da Juventude que se realizou em Lisboa em 2023, tendo sido o responsável pela organização dos cuidados de saúde. Este percurso e a sua ligação à Igreja Católica e à comunidade onde se insere levou-o a contactar mais de perto com “a extraordinária personalidade que foi o Papa Francisco”.
Sem ligações familiares à área da saúde entrou neste sector devido a uma análise ponderada e objectiva das suas características pessoais, do potencial que o sector tinha e, também, a identificação com os valores da CUF. O que mais o marcou na vida foi o casamento e o nascimento dos filhos. “São momentos marcantes, positivos e irrepetíveis e que se sobrepõem a muitos outros que vivi”, revela Pedro Bastos. Gosta muito de viver em Portugal e confessa que teria dificuldade em escolher outro local para viver. “Teria que ter sempre mar, clima temperado, população acolhedora, ser um país seguro e ter boa comida”, refere.
Considerando-se uma pessoa ponderada, com valores fortes, determinada na concretização dos objectivos, leal e amigo dos seus amigos, aprecia muito a alegria, o dinamismo e a lealdade. Não gosta de mentiras, falsidades e meias verdades. É dependente do smartphone e das suas diversas funcionalidades. É um meio tecnológico absolutamente indispensável nos dias de hoje quer para temas profissionais quer pessoais.
Pedro Bastos, que teve o primeiro emprego no mercado de capitais, área de que gostava desde a adolescência, tem um dia-a-dia muito intenso, típico de quem trabalha e tem responsabilidades no sector da saúde. Passa os dias nos hospitais ou clínicas que tem à sua responsabilidade, num dia-a-dia composto por muitas reuniões, mas com preocupação para poder ter tempo para ouvir as pessoas e pensar estrategicamente na evolução da actividade, mantendo o foco na qualidade e no bem-estar das pessoas. Após dois anos no mercado de capitais, sentiu a necessidade de passar a trabalhar na “economia real”. “Estou muito feliz no sector onde trabalho, na CUF e na função que actualmente desempenho”, conclui.


