Junta de Alverca acciona seguro para reparar muro do cemitério destruído por camião
Identidade do condutor do pesado que destruiu o muro do cemitério de São Sebastião continua por apurar, mas duas testemunhas garantem que se tratava de uma viatura com matrícula espanhola.
Passadas duas semanas sobre o acidente, continua por apurar a identidade do motorista do camião que destruiu parte do muro do cemitério de São Sebastião em Alverca do Ribatejo, fugindo logo de seguida. O presidente da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho, Cláudio Lotra (PS), que agora cessa mandato, confirmou a O MIRANTE que a identidade de quem provocou o acidente ainda não foi apurada, apesar do apelo público lançado pela junta de freguesia à comunidade, para que quem tivesse presenciado o acidente pudesse reportar o caso às autoridades. “A única informação que temos é de dois bombeiros que estavam no quartel e foram a correr para o local quando ouviram o barulho, mas o camionista já ia ao alto da rua. Só deu para ver que era matrícula espanhola”, lamenta o autarca.
A junta de freguesia accionou entretanto o seguro de responsabilidade civil para tentar cobrir parte dos custos com a reparação do muro, tendo também já pedido três orçamentos para reparar o muro. A decisão final caberá ao próximo executivo, que mudou de cor política e passa a ser liderado, novamente, por Carlos Gonçalves da CDU. Ainda se desconhece quanto é que irá custar a reparação do muro.
Foi ao princípio da noite de 14 de Outubro que um camião abalroou o muro do cemitério de São Sebastião, em Alverca do Ribatejo, destruindo-o. O motorista fugiu de seguida sem reportar o acidente, numa situação que gerou indignação na comunidade.
Um cemitério com história
A primeira ordem para construir o cemitério de Alverca surgiu em 1835 e a campa mais antiga, do princípio do século XIX, pertence a um cirurgião sangrador. Até aí os nobres eram enterrados no chão das igrejas e o povo em covas anónimas no exterior. O cemitério tem também sido alvo de um longo processo de exumação e trasladação dos corpos para o novo cemitério da cidade, num processo que tem feito correr muita tinta e que ainda não se encontra concluído.


