Sociedade | 03-11-2025 07:00

Detectados casos de Febre do Nilo Ocidental em equinos de Salvaterra de Magos, Cuba e Serpa 

cavalo hipismo
foto ilustrativa

A Associação Portuguesa de Médicos Veterinários de Equinos confirmou a presença de anticorpos do vírus do Nilo Ocidental em quatro cavalos nos distritos de Beja e Santarém. As autoridades recomendam vigilância clínica reforçada e apelam à vacinação voluntária dos animais em zonas de risco.

Foram identificados novos casos de Febre do Nilo Ocidental (FNO) em equinos nos concelhos de Cuba e Serpa, no distrito de Beja, e em Salvaterra de Magos, no distrito de Santarém, revelou a Associação Portuguesa de Médicos Veterinários de Equinos (APMVE). Três cavalos testaram positivo a anticorpos do vírus no Alentejo e um no Ribatejo. A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) reforça o alerta para a necessidade de vigilância clínica nas regiões afectadas. “Qualquer suspeita de doença deve ser imediatamente reportada à DGAV”, alerta o organismo, que recomenda ainda a vacinação voluntária de equinos nas zonas de risco.
A Febre do Nilo Ocidental é uma doença viral transmitida por mosquitos, causada por um flavivírus relacionado com as encefalites equinas. As aves selvagens são os principais hospedeiros do vírus, mantendo o ciclo de transmissão mosquito–ave–mosquito. Os equinos e os seres humanos, apesar de poderem infectar-se através da picada de mosquitos contaminados, são considerados hospedeiros finais, ou seja, não contribuem para a propagação do vírus.
Os cavalos infectados podem apresentar sintomas ligeiros ou desenvolver quadros neurológicos graves, em alguns casos fatais. A DGAV recorda que a vacinação, embora opcional, é uma medida eficaz de prevenção, sobretudo em zonas com maior incidência da doença. A Febre do Nilo Ocidental foi detectada pela primeira vez na Europa em 2000, na região francesa da Camargue, e desde então tem sido registada em vários países europeus. Em Portugal, os primeiros focos surgiram em 2015 e têm sido notificados anualmente, com casos confirmados em regiões como Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

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