Sociedade | 03-11-2025 12:00

Hugo Cristóvão faz queixa contra jornal digital por difamação

Hugo Cristóvão faz queixa contra jornal digital por difamação
Hugo Cristóvão fez queixa do jornal digital “Tomar na Rede” e de José Gaio, seu director e único jornalista - foto arquivo O MIRANTE

Presidente da Câmara de Tomar apresentou uma queixa na ERC contra o director do “Tomar na Rede” por publicar conteúdos ofensivos e difamatórios. Em causa está uma notícia, com base numa denúncia anónima, relacionada com obras na moradia de Hugo Cristóvão que teriam sido realizadas por empresas contratadas pela autarquia.

Hugo Cristóvão, presidente da Câmara Municipal de Tomar, apresentou uma queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), contra José Gaio, director e único autor da publicação online “Tomar na Rede”. O documento, a que O MIRANTE teve acesso, sustenta que o site tem vindo a publicar conteúdos que Hugo Cristóvão considera difamatórios, ofensivos e atentatórios da honra e da imagem do município de Tomar e dos seus representantes políticos.
Em causa está uma notícia publicada no site a 8 de Setembro de 2025 com o título “Empresas contratadas pela câmara fizeram obras na moradia de Hugo Cristóvão”. Na notícia pode ler-se que, com base numa denúncia anónima, suspeita-se que as obras na moradia do presidente da câmara “tenham sido feitas como recompensa pelos ajustes directos e outras adjudicações que a câmara fez a determinadas empresas”.
Na queixa, Hugo Cristóvão argumenta que as publicações do “Tomar na Rede” não cumprem princípios de rigor, isenção e respeito deontológico exigidos pela lei e pelo estatuto do jornalismo, configurando um uso abusivo de um meio de comunicação registado. “Tratando-se de uma notícia que é falsa, sem qualquer verdade, rigor e objectividade na sua informação, que não garante os direitos ao bom nome, reserva da intimidade da vida privada, à imagem e à palavra dos cidadãos e a defender o interesse público e a ordem democrática”, lê-se no documento que continua: “é patente e geral que este texto tem como único objectivo, conseguido, o de lançar suspeitas muito graves de práticas ilegais de corrupção sobre a pessoa do presidente da câmara (…) mediante notícias que o denunciado sabe bem serem falsas, pois que não existe qualquer ‘denúncia anónima dirigida a várias instâncias’, nem foram realizadas quaisquer obras como ali descritas e referidas”, refere a queixa.
Hugo Cristóvão considera que este comportamento “tem sido recorrente, tem vindo a aumentar” e dá um exemplo. “Veja-se a título exemplificativo uma outra notícia de 30.09.2021 acerca da demolição de um quiosque em que se anuncia que a câmara demoliu ‘sem qualquer indemnização e de forma ilegal’ (…) o denunciado publica notícias que são falsas, imputa ao denunciante condutas criminosas, ofende a sua honra e dignidade pessoal e profissional, bem como devassa a sua vida privada e familiar”, lê-se na queixa. Ao longo de toda a queixa é evidenciado um desagrado com a forma como a publicação tem conduzido o trabalho noticioso, acusando-o de parcialidade e falta de diligência na verificação das fontes.

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