Sociedade | 04-11-2025 13:23

Estudante suspenso por praxe abusiva no Instituto Politécnico de Tomar

Estudante suspenso por praxe abusiva no Instituto Politécnico de Tomar
foto arquivo O MIRANTE

Aluno foi filmado a praxar estudantes do primeiro ano do curso de Contabilidade de forma considerada ofensiva. Instituto Politécnico de Tomar suspendeu-o e abriu um processo disciplinar.

Um aluno do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) foi filmado a insultar e a arremessar objectos a colegas do primeiro ano da licenciatura de Contabilidade, que terão sido obrigados a deitar-se numa valeta pousando a cabeça numa pedra e colocando as mãos atrás das costas. O vídeo correu as redes sociais e o Instituto Politécnico de Tomar decidiu instaurar um processo disciplinar ao aluno que foi suspenso de forma preventiva, confirmou O MIRANTE aquela instituição de ensino.

A praxe terá ocorrido no dia 23 de Outubro mas o IPS garante só ter tomado conhecimento do sucedido a 27 de Outubro, “através do vídeo divulgado nas redes sociais”, tendo, no dia seguinte, decidido pela suspensão do estudante de forma preventiva. “Entretanto, foi instaurado um processo disciplinar que está a correr os seus termos”, adiantou ao nosso jornal fonte oficial do gabinete de comunicação.

Segundo a mesma fonte no “âmbito do processo disciplinar em curso serão ouvidos os estudantes envolvidos”. Não foi, no entanto, “recebida nos serviços qualquer queixa relacionada com aquela ou com outras praxes”.

As praxes académicas são permitidas no Instituto Politécnico de Tomar que “enquanto iniciativa estudantil, de participação voluntária, visando a integração de novos alunos”, lê-se nos estatutos. Contudo, “os actos de praxe só podem revestir a natureza de actos de integração na vida académica, não podendo, em caso algum, ser a eles sujeitos estudantes contra sua vontade, revestir natureza vexatória ou de ofensa à integridade física e moral do estudante, perturbar a sua ida e permanência nas aulas”. Caso isso se verifique é considerada, para efeitos disciplinares, infracção disciplinar grave.

O Magnum Consilium Veteranorum, que tutela a praxe naquela instituição, afirma em comunicado, sobre o ocorrido, que num “local isolado foram proferidas palavras em decibéis altos e baptizados os caloiros com água e unicamente água, símbolo de purificação”. Na mesma nota os veteranos referem que os caloiros não estavam a ser praxados contra a sua vontade, ainda assim, o estudante praxista foi suspenso de participar nas actividades por tempo indeterminado.

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