Moradora de Vialonga vive há meses aterrorizada por actos de vandalismo
Em seis meses, Patrícia Paiva viu 29 pneus dos seus dois carros furados durante a noite, em Vialonga. Apesar das denúncias à GNR e das câmaras de vigilância, o autor ou autores continuam por identificar.
Patrícia Paiva gastou mais de 2.200 euros em pneus, depois de lhe terem furado 29 pneus dos seus dois carros, em Vialonga. A situação começou há cerca de seis meses, na Rua Dona Brites Castelo Branco e na Rua Santa Maria de Tróia, onde tem o seu negócio, o snack-bar Cervejaria Patrícia, e onde reside há cinco anos.
Quando o problema ocorreu pela primeira vez não desconfiou de nada. Levou os dois carros à oficina, mas no dia seguinte, ao perceber que eram as únicas viaturas na rua com os pneus furados, percebeu que algo não estava bem. Durante três meses passou a estacionar o carro na garagem de um vizinho, enquanto o marido alugou uma garagem noutro ponto da vila para deixar o outro veículo durante a noite. Após esse período, voltaram a estacionar na rua, mas os pneus foram novamente furados. Patrícia voltou então a pedir a outro vizinho, que se encontrava fora do país, para deixar o carro na sua garagem durante a noite. No entanto, quando o vizinho regressou a Portugal, este mês de Outubro, voltou a estacionar na rua e os pneus foram mais uma vez furados.
Foi apanhado em flagrante mas conseguiu fugir
A proprietária do café já tinha instalado uma câmara de videovigilância e, numa das noites, conseguiu registar uma pessoa, vestida de preto e encapuzada, que não conseguiu identificar. Nas imagens percebeu-se que os pneus foram cortados com uma faca.
Depois de várias participações apresentadas à GNR, sem resultados, Patrícia Paiva informou as autoridades de que iria permanecer acordada toda a noite no café, juntamente com o marido, para tentar surpreender o autor. “O tipo apareceu, era uma e um quarto da manhã, mas o meu marido só o deixou furar um pneu. Quando ia furar o outro, o meu marido deu-lhe com um pau nas costas. Foram segundos, não vi quem era de frente, mas conheço-lhe as costas”, contou ao jornal, acrescentando que não parecia tratar-se da mesma pessoa filmada anteriormente, pois essa era mais magra.
O autor do vandalismo conseguiu fugir e Patrícia acredita que alguém o esperava num carro. Questionada sobre possíveis suspeitos, afirma não ter certezas, mas desconfia de actos de vingança por parte de alguém da zona. Voltou a chamar a GNR e mostrou as novas imagens, lamentando, contudo, a falta de actuação e de vigilância das autoridades. Com duas filhas que já lhe pediram para mudar de casa por medo, Patrícia Paiva afirma estar a entrar em depressão e entregou o caso a uma advogada. O MIRANTE questionou a GNR sobre o caso, mas não obteve resposta até ao fecho da edição.


