Sociedade | 06-11-2025 18:00
Insegurança no centro histórico de Santarém motiva queixas na câmara
Dois moradores do centro histórico de Santarém foram à primeira reunião de câmara do mandato apelar aos autarcas que pressionem a PSP para assegurar mais policiamento de proximidade.
A insegurança nalgumas zonas do centro histórico de Santarém voltou a ser tema em reunião do executivo camarário, com dois moradores a apelarem aos autarcas para que tome medidas e pressione a PSP para ter mais agentes nas ruas, sobretudo quando cai a noite.
Francisco Pombas, presidente da Associação de Moradores do centro Histórico, pediu mais policiamento de proximidade, para complementar a videovigilância já existente e que transmita mais segurança à população. Mencionou alguns episódios de violência ocorridos nos últimos tempos, nomeadamente na Rua Pedro Canavarro e na Rua Capelo e Ivens, que implicam “danos reputacionais graves para o centro histórico”, e referiu que alguns moradores já têm receio de andar na rua depois de escurecer. “Temos que resolver rapidamente este assunto”, afirmou, defendendo que o novo executivo “tem que ser mais pressionante junto da PSP”.
Referindo que tem consciência da escassez de recursos humanos na PSP, Francisco Pombas vincou que essa realidade “não pode ser desculpa para não se fazer nada”, reforçando que “a situação actual exige presença permanente de agentes no centro histórico e a Câmara de Santarém tem de pressionar”.
Outro morador do centro histórico, António Rhodes Sérgio, também aludiu a casos de violência que têm acontecido ultimamente e de casas sobrelotadas com pessoas a viver em condições indignas. Queixou-se ainda da falta de iluminação nalgumas ruas e, apontando responsabilidades ao município, afirmou que ninguém gosta de viver assim. “Santarém é uma cidade extraordinária, mas hoje tenho medo de cá viver”, desabafou o munícipe, acrescentando que os autarcas “têm um caldeirão nas mãos que vai rebentar”. Pediu ainda atenção ao troço de muralha medieval da Rua Pedro Canavarro, onde continuam a soltar-se pedras.
Polícia municipal a caminho
Na resposta, o presidente da Câmara de Santarém, João Leite (PSD), garantiu que o diálogo com os moradores do centro histórico vai continuar. Confirmou que a PSP se debate com escassez de agentes e que foi também tendo em conta essa realidade que assumiu a criação de um corpo de polícia municipal. Acrescentou que a acção social do município está a acompanhar casos de pessoas a viver em condições menos dignas, sendo questões tratadas “com o devido recato”.
O autarca acrescentou que a videovigilância implantada no centro histórico é uma aposta ganha que vai ser alargada a outras zonas da cidade, tendo permitido, por exemplo, filmar as pessoas envolvidas num caso de suposta violação durante a madrugada perto do Jardim da Liberdade. “A segurança é fundamental, mas tudo tem o seu tempo”, considerou João leite, adiantando que o município pode e deve agir em conformidade, designadamente na limitação de horários de funcionamento de estabelecimentos comerciais junto aos quais se identifiquem actividades ilícitas no espaço público.
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