Sociedade | 07-11-2025 13:16
Trabalhadores da Nobre realizam 24.ª greve em Rio Maior
FOTO – SINTAB
Trabalhadores da Nobre exigem aumento salarial, valorização do subsídio de refeição e do trabalho noturno, alteração do valor das diuturnidades, entre outras reivindicações.
Os trabalhadores da Nobre Alimentação, em Rio Maior, cumprem na sexta e na segunda-feira a 24.ª greve convocada desde 2023, em protesto pela recusa da empresa em negociar o caderno reivindicativo. A paralisação de dois dias, convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos (SINTAB), “visa denunciar a falta de vontade da empresa para negociar o caderno reivindicativo dos trabalhadores”, dado, “mesmo após duas reuniões de conciliação na Direcção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), a empresa não ter apresentado nenhuma proposta”, divulgou o sindicato.
Na primeira reunião, realizada a 1 de Setembro, a empresa Nobre Alimentação, localizada em Rio Maior, “continuava a alegar que não estava bem financeiramente e foi pedido que nos apresentasse o relatório Único, onde percebemos que teve mais de dois milhões de lucros, no ano anterior, e que até cresceu o número de trabalhadores”, disse à Lusa o dirigente do SINTAB Diogo Lopes. Dados que, para o sindicato, compravam “o contrário daquilo que a empresa alega” e que a mesma “está bem financeiramente e está bem em termos de trabalho”.
Nesse sentido, acrescentou Diogo Lopes, o SINTAB aguardou que, após a segunda reunião de concertação, realizada em 23 de Outubro”, “a empresa apresentasse uma contraproposta”, o que não aconteceu. Em plenário, no dia 24 de Outubro, os trabalhadores decidiram avançar com a paralisação marcada para os dias 7 e 10 deste mês, para exigir a negociação do caderno reivindicativo. Exigem um aumento salarial de 150 euros, a valorização do subsídio de refeição (dos actuais 5,50 euros para oito euros) e do trabalho noturno, a alteração do valor das diuturnidades, o direito a 25 dias de férias e o fim do recurso à contratação precária, entre outras reivindicações.
Com uma nova reunião de conciliação na DGERT marcada para o dia 17 de Dezembro, estes dois dias de greve são “uma forma de pressionar a empresa e mostrar que os trabalhadores não vão desistir e que esperam, realmente, uma resposta concreta”, disse Diogo Lopes. O dirigente sindical admitiu que a expectativa de que a 24.ª greve tenha “uma adesão superior” às anteriores, “ não só pela posição da empresa, em não ter dado qualquer resposta, mas também devido ao pacote laboral que o Governo quer aprovar e que os trabalhadores também estão contra “.
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