Sociedade | 07-11-2025 10:00

União Desportiva Vilafranquense voltou a ter direcção eleita 15 anos depois

União Desportiva Vilafranquense voltou a ter direcção eleita 15 anos depois
Novos corpos sociais do UDV de Vila Franca de Xira tomaram posse no sábado, 1 de Novembro, após as eleições - foto DR

Quase uma centena de sócios foram durante o Dia de Todos os Santos ao pavilhão José Mário Cerejo, em Vila Franca de Xira, votar para eleger a primeira lista para os órgãos sociais do clube em década e meia. Dirigentes querem auditoria completa às contas da comissão administrativa que foi liderada por Márcio Oliveira.

Pela primeira vez em década e meia, o União Desportiva Vilafranquense (UDV), de Vila Franca de Xira, tem novos corpos sociais eleitos que querem salvar o clube e devolver a honra e a glória de outros tempos, tentando ao mesmo tempo ultrapassar a asfixia financeira em que o clube está mergulhado há décadas.
O sufrágio aconteceu no Dia de Todos os Santos, 1 de Novembro, e 93 sócios foram exercer o direito de voto num boletim com duas colunas, uma de “sim” (para aprovar a lista) ou “não”, para rejeitá-la. Um boletim de voto que gerou críticas entre alguns sócios, que entenderam não fazer sentido dado existir apenas uma lista a votação. Apesar disso os resultados foram esclarecedores, com 70 votos favoráveis e apenas 23 votos contra. Os novos órgãos sociais tomaram posse no mesmo dia, pondo fim a anos de gestão de uma comissão administrativa.
Uma das prioridades dos novos corpos sociais, recorde-se, é precisamente instaurar uma auditoria rigorosa, séria, transparente e aberta à comunidade sobre o trabalho e as contas da comissão administrativa, já tinham dito vários membros da lista a O MIRANTE. Os agora dirigentes do clube já tinham apresentado três pontos essenciais no seu plano de acção, sendo que a parte financeira é a principal. “A renegociação e a viabilidade financeira do UDV é o nosso ponto de honra. Queremos renegociar a dívida e garantir a sustentabilidade das secções desportivas”, explicaram o mês passado a O MIRANTE David Inácio, Elsa Sousa e António Gonçalves.
Segundo os três sócios, a dívida do UDV rondará os 1,2 milhões de euros, sendo 900 mil à Autoridade Tributária. Os agora dirigentes querem também mudar a forma como o clube se relaciona com a comunidade, passando a ter a porta aberta à cidade e a comunicar de forma transparente. “Queremos limpar o nome do UDV e promover a união entre as modalidades e os vilafranquenses. Dar um novo ar ao clube, para deixar de ter uma imagem de clube falido para passar a ser um clube limpo e onde as pessoas querem vir”, explicam os sócios. Acrescentam que a formação da lista foi o culminar de várias secções estarem “desanimadas” com a gestão feita no clube nos últimos anos. A lista eleita para os órgãos sociais quer também promover a autonomia de todas as secções e recuperar as estruturas físicas do clube, em especial o pavilhão.

Os novos dirigentes

A lista agora eleita conta na mesa da assembleia-geral com Paulo Nunes (presidente), João Conde (primeiro secretário), Pedro Ferreira (segundo secretário) e José Pina (suplente). Para o conselho fiscal são indicados os nomes de António Quintino (presidente), Bruno Mendonça (secretário), Paulo Costa (relator) e João Ferreira (suplente). Para a direcção foram eleitos Luís Filipe Luz (presidente), António Gonçalves (vice-presidente), Elsa Sousa (secretária-geral), Fausta Parracho (tesoureira), David Inácio (director do departamento de futebol), Leandro Boura (director de património e instalações) e Rui Silva (director de modalidades).

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