Faleceu Maria Fernanda do Céu Centeio que nunca perdeu a ligação a Alpiarça
Mãe do jornalista João Céu e Silva e do psicólogo Carlos Céu e Silva, faleceu aos 85 anos depois de uma vida fora de Alpiarça a procurar melhores condições de vida, sem nunca perder a ligação à terra onde nasceu.
Maria Fernanda do Céu Centeio, natural de Alpiarça, mãe do jornalista e escritor João Céu e Silva e do psicólogo Carlos Céu e Silva, faleceu no dia 9 de Novembro aos 85 anos. Apesar de viver há largos anos na zona de Lisboa, nunca perdeu a sua ligação a Alpiarça, onde ia algumas vezes, tal como os filhos. Uma das memórias que mantinha mais viva e que fazia questão de lembrar aos filhos e a quem lhe era próxima foi a da altura difícil do racionamento na Segunda Guerra Mundial, em que tinha de ir para as filas tentar arranjar alguma comida.
Na sua juventude Alpiarça era uma terra pobre, que tinha no trabalho do campo a principal actividade, o que a levou com o marido, que faleceu com 55 anos, a procurar ter uma vida melhor. O casal foi viver para Lagos, onde esteve sete anos e onde criaram uma empresa de transportes e outra de construção civil, chegando a ter cerca de dois mil funcionários. Maria Fernanda ajudava o marido no negócio e depois de este falecer ainda montou um negócio de uma cantina que durou vários anos.
Na última década esteve muito ligada às artes, sobretudo à pintura, tendo exposto na Casa Museu dos Patudos em Alpiarça e em alguns locais em Lisboa. Também fazia parte de um grupo de teatro da universidade sénior, para onde tinha entrado há cinco anos para aprender informática. Maria Fernanda do Céu Centeio, que tinha residência na Parede, começou a ter algumas complicações de insuficiência cardíaca nos últimos meses, não tendo resistido a um enfarte.
O funeral realizou-se na terça-feira, dia 11. Maria Fernanda do Céu Centeio foi cremada e as suas cinzas serão depositadas na campa da família, no Cemitério de Alpiarça, onde repousam também os restos mortais de um terceiro filho.


