Sociedade | 13-11-2025 12:00

Hospital VFX recebe 3 milhões para equipamentos e utentes reclamam solução para urgências

Hospital VFX recebe 3 milhões para equipamentos e utentes reclamam solução para urgências
Comissões de utentes e autarcas têm criticado o fecho das urgências de obstetrícia no Hospital Vila Franca de Xira - foto O MIRANTE

Comunicado da Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo saúda os avultados investimentos em equipamentos com fundos comunitários do Plano de Recuperação e Resiliência. Isto numa altura em que os utentes criticam o fecho das urgências pediátrica e de obstetrícia.

A Unidade Local de Saúde (ULS) Estuário do Tejo, entidade responsável pela gestão dos centros de saúde e do Hospital Vila Franca de Xira, está a reforçar a capacidade cirúrgica e de cuidados intensivos com um investimento de 2,98 milhões de euros financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Isto numa altura em que o fecho frequente da urgência pediátrica continua a merecer queixas das comissões de utentes.
Em comunicado, a ULS anunciou um reforço da capacidade assistencial do hospital, com a compra de um sistema cirúrgico robótico, no valor de 2,35 milhões de euros, que permitirá realizar intervenções com maior precisão e segurança em diversas especialidades, incluindo Cirurgia Geral (esófago-gástrica, bariátrica, hepatobiliopancreática, colorretal, parede abdominal e mama), Ginecologia, Otorrinolaringologia (cabeça e pescoço) e Urologia (cistectomia, nefrectomia e prostatectomia).
Na área dos Cuidados Intensivos, o investimento contempla a instalação de uma nova central de monitorização, no valor de 370 mil euros, bem como a aquisição de oito ventiladores para substituir outros que estavam obsoletos, num total de 260 mil euros.
O anúncio dos investimentos foi feito pouco tempo depois da porta-voz da Comissão de Utentes de Saúde de Vialonga e da direcção nacional do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos, Nélia Ferreira, ter defendido que o serviço de saúde pública está a ser abandonado no concelho. “As urgências são urgências a qualquer hora do dia, não são urgências só das 09h00 às 19h00 ou das 09h00 às 20h00 e também não é fácil para uma grávida andar de um lado para o outro, porque não sabe quando é que está aberto o serviço”, disse a responsável em conferência de imprensa.
Para Nélia Ferreira o fecho das urgências de pediatria e obstetrícia do hospital deve ser condenado. “O hospital está a ser completamente esvaziado”, criticou a porta-voz. Para Nélia Ferreira, para resolver o problema é necessário criar equipas, pagar aos médicos um salário digno, investir em concursos para integrar os profissionais no sistema e investir nas condições de trabalho dos funcionários.

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