Sociedade | 14-11-2025 21:00

Petição para demitir Rosa do Céu da Fundação José Relvas por gestão autoritária e falta de transparência

Petição para demitir Rosa do Céu da Fundação José Relvas por gestão autoritária e falta de transparência
Joaquim Rosa do Céu - foto arquivo O MIRANTE

Uma petição lançada pela mãe de uma criança da valência infantil da Fundação José Relvas, em Alpiarça, que fala em nome de familiares de alunos, exige a demissão do presidente e director executivo da instituição, Joaquim Rosa do Céu, que diz estar a pôr em causa a sustentabilidade do legado. O documento que está disponível na internet, na plataforma petição pública, descreve situações de autoritarismo, falta de transparência e falta de condições de funcionamento.

Uma gestão unilateral, pouco flexível que tem vindo a comprometer seriamente o futuro e bem-estar das crianças da valência infantil da Fundação José Relvas em Alpiarça são razões apontadas para pedir numa petição pública a demissão de Joaquim Rosa do Céu de director executivo da instituição. A petição em nome de familiares, amigos e responsáveis de alunos e ex-alunos da fundação aponta uma forma de trabalho “pouco empática e rígida” do dirigente, que acumula o cargo de presidente do conselho de administração. Situação que “está lentamente a comprometer a sustentabilidade deste legado”, salientando ainda a falta de diálogo, de transparência na gestão financeira, ausência de investimento em material didático e inexistência de um plano pedagógico modernizado e estimulante.
Na petição dirigida aos órgãos sociais da fundação e aos contribuintes, que tem como signatária principal Telma Falcão Isidoro, mãe de uma criança utente da instituição, fala-se numa gestão que não valoriza os trabalhadores para os manter felizes no local de trabalho. Falando por um grupo de pessoas descontentes, a promotora da petição diz também que esta é motivada por falhas operacionais recorrentes, “descaso na procura de soluções efectivas e positivas ao longo dos últimos anos, o que tem impactado substancialmente e de forma negativa a qualidade de ensino e o ambiente escolar, tanto para alunos como para funcionários”.
Telma Falcão Isidoro fala ainda em autoritarismo e realça que a direcção executiva toma, há vários anos, de forma unilateral, medidas completamente desfasadas da realidade infantil actual e da modernização do ensino em creche e pré-escolar,
ignorando a opinião e vontade dos pais e o bem-estar das crianças. E acrescenta que se verifica a “degradação de uma instituição de referência” sublinhando que a permanência de Joaquim Rosa do Céu no cargo “não é compatível” com a sobrevivência da valência infantil.
Num anexo à petição, recorda-se a extinção do Centro de Acolhimento Temporário (CAT), explicando que tal se deveu a défices operacionais de exploração e que as crianças foram “realocadas de forma pouco humanizada”. Sobre as condições e o material existente, refere-se que o trampolim usado no parque interior do pré-escolar foi adquirido através de rifas feitas pelos pais e que as piscinas usadas neste Verão foram compradas pelas educadoras. Fala-se ainda na falta de sombras, no facto de a caixa de areia não ser higienizada e que no parque frontal o chão está a abater.
Há também críticas relativas às actividades extra-curriculares, pagas à parte da mensalidade, que dizem ser sempre as mesmas: música e motricidade, não havendo ofertas como aulas de Inglês, artes plásticas, teatro ou natação. Refere-se ainda que só há uma visita de estudo por ano ao teatro, realçando a completa falta de diálogo da direcção executiva, que ignora sugestões e reclamações de pais e educadores. “Parece que importa cultivar a cultura da autoridade e do medo”, conclui o texto anexo à petição.

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