Sociedade | 18-11-2025 17:47

Aves mortas por causa da gripe aviária deixadas em sacos que animais espalharam pelo chão

Aves mortas por causa da gripe aviária deixadas em sacos que animais espalharam pelo chão

Situação aconteceu num parque de aves exóticas em Murta, concelho da Chamusca, onde a autoridade veterinária abateu duas centenas de animais deixando-as abandonadas dentro de sacos ao ar livre

Duas centenas de aves abatidas num parque de aves exóticas em Murta, concelho da Chamusca, por ter sido detectadas dois animais com gripe das aves, ficaram no terreno dentro de sacos sem serem recolhidos, desde sábado até esta terça-feira, tendo sido alvo de animais selvagens ou errantes que as espalharam no chão. Trata-se de uma situação que pode por em causa a saúde pública, desconhecendo-se se algumas das aves abatidas fora levadas por cães ou raposas, ou outros animais, e para onde.

O proprietário do parque, Joaquim Fitas, que cria animais exóticos há mais de três décadas, considera a situação incompreensível, uma vez que apesar de ter as aves em quarentena e vigiadas pelos serviços de Santarém da Direcção Geral de Veterinária, os serviços centrais em Lisboa mandaram matar as aves no sábado. Foi dito que os cadáveres seriam recolhidos na segunda-feira, mas só na terça-feira à tarde é que o criador foi contactado que iriam fazer a recolha esta quarta-feira.

Joaquim Fitas considera que se a situação fosse grave teriam de ter levado logo os cadáveres das aves para destruição e não deixá-las no terreno onde tem o parque. Até porque já recebeu reclamações dos vizinhos que se depararam com as aves mortas no solo.

Joaquim Fitas questiona a necessidade de abater todos os animais, até porque tinha garantido todas as condições de quarentena, desinfecção e higienização e demonstrou que uma das aves que tinha dado positivo ao fim de nove dias foi testada e deu negativo, o que indica que esta recuperou da gripe. O criador recorda que participou numa exposição em Oliveira do Bairro, onde se decidiu abater todos os animais, e onde começou todo este processo. Joaquim Fitas diz que no seu parque foram abatidos animais da fauna europeia únicos em cativeiro privado.

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