Protesto de munícipe deixa obra parada em Torres Novas
Trabalhadores e máquinas foram impedidas de dar início à empreitada de beneficiação da Estrada da Azulada. Cidadão alega ser dono de parte do percurso que a Câmara de Torres Novas quer alcatroar.
O arranque da tão aguardada obra de beneficiação da Estrada da Azulada, entre Beselga de Cima e Fungalvaz, no concelho de Torres Novas, previsto para segunda-feira, 10 de Novembro, foi suspenso devido ao protesto de um cidadão que alega ser proprietário de uma parte do percurso. Os trabalhadores da empresa à qual a Câmara de Torres Novas adjudicou a empreitada foram para o local mas viram-se impedidos de trabalhar depois de um veículo ter sido estacionado na estrada de modo a travar o avanço das máquinas. A informação foi dada a O MIRANTE pelo presidente da Junta de Freguesia de Assentiz, João Oliveira.
Segundo o autarca, esta era uma intervenção há muito esperada pela população por se tratar de uma estrada, em terra batida, que liga duas localidades do concelho e que estava “muito danificada”. Ao longo dos anos têm sido feitas intervenções pontuais de melhoramento, mas nada que se compare a esta intervenção que inclui o alcatroamento do percurso. Também nessas obras, vinca, tem sido recorrente o protesto do cidadão que alega ser dono de parte do terreno, na zona da cascata da Azulada, tendo para isso, “colocado um marco em cimento” a assinalar a sua propriedade.
“A câmara tem um projecto aprovado e a empresa está aqui para fazer o trabalho e não pode”, lamenta João Oliveira. O MIRANTE contactou o presidente da Câmara de Torres Novas, José Trincão Marques, que disse estar a acompanhar a situação, remetendo esclarecimentos para momento posterior, o que não foi possível até à data de fecho desta edição.
O anterior executivo da Câmara de Torres Novas aprovou no início deste ano a minuta de contrato e adjudicação da empreitada de beneficiação da Rede Viária Municipal à empresa Civibérica - Obras Civis, S.A., pelo valor global de 1,1 milhão de euros (mais IVA) e prazo de execução de 180 dias. Entre as beneficiações previstas, que resultam de um levantamento de necessidades de intervenção, está a Estrada da Azulada.


