Mandato arranca em Azambuja com alertas para problemas antigos
Munícipes foram à primeira reunião do executivo da Câmara de Azambuja alertar para problemas que estão por resolver. Estradas em mau estado ou o PDM, que está em processo de revisão há mais de duas décadas, foram alguns dos assuntos.
O novo mandato arrancou e a primeira reunião do executivo da Câmara de Azambuja ficou marcada por questões de munícipes sobre problemas recorrentes e antigos. Sem grandes surpresas, António Pires e José Caetano voltaram a ser os protagonistas do debate lançando perguntas sobre temas como o Plano Director Municipal (PDM) - em revisão há mais de 20 anos - sarjetas por limpar e pisos de estradas em mau estado.
A abrir o período de intervenção do público, como vem sendo apanágio, António Pires voltou a questionar sobre os prazos para a entrada do PDM em fase de discussão pública e a sua implementação, “que tanta falta faz para Azambuja”. O munícipe alertou ainda para a perigosidade dos ramos de uma árvore junto ao Jardim Urbano de Azambuja, o mau estado da estrada que vai dos Casais do Espingardeiro para Vale do Paraíso, na qual já ocorreu uma colisão frontal devido à irregularidade do piso por causa das raízes de uma árvore, e o estado de degradação do piso na estrada que liga a Margana à rotunda de Vale Brejo. O presidente do município disse ter tomado boa nota das questões e sobre esta última estrada revelou que já deu instruções para se proceder ao seu melhoramento.
Há 24 anos a acompanhar as reuniões do executivo municipal de Azambuja, José Caetano foi alertar para a necessidade de se manter as sarjetas limpas de forma a que quando chove haja um escoamento eficiente das águas. “Tenho verificado que grande parte das sarjetas está por limpar”, disse, apelando a uma maior preocupação do município. O mesmo em relação à Estrada Nacional 3 onde, lamentou, houve obra de reabilitação mas sem ter em conta o escoamento das águas, tendo verificado que até ao Carregado continua a haver formação de lençóis de água. Por último, alertou para a necessidade de se pintarem as passadeiras em algumas ruas do concelho que “desapareceram já faz tempo”.
Na qualidade de munícipe, o eleito na Assembleia Municipal de Azambuja pelo Chega, José Carlos Matos, voltou a falar sobre a necessidade de intervenção no ribeiro da Rua das Rosas, onde o talude está a “ceder”, problema para o qual já tinha alertado no mandato anterior. O presidente do município, Silvino Lúcio (PS), que voltou a vencer as eleições, disse que têm estado a trabalhar na limpeza das linhas de água que são da responsabilidade do município, tarefa que vai ter continuidade neste mandato. Sobre as sarjetas, garantiu que também têm sido limpas.
Queixas à falta de respostas
O munícipe António Pires que já no anterior mandato se tinha queixado da falta de respostas a questões e pedidos de consulta de documentos deixou um aviso ao executivo. Neste mandato, disse, as queixas que fará, caso a ausência de resposta se mantenha, não se ficarão pela Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA) e serão também enviadas ao Ministério Público. “Recorrerei a todas as formas possíveis, legalmente, para vos obrigar [a responder]”, disse.


