Moradores de Arcena vítimas de puxada ilegal já têm electricidade
Fornecimento eléctrico foi reposto na última semana depois de mais de duas semanas às escuras. Puxada eléctrica ilegal também avariou dezenas de electrodomésticos e os moradores estão a tentar que o município pague a despesa.
Quase duas semanas e meia depois de uma puxada ilegal ter deixado mais de duas dezenas de famílias de Arcena sem electricidade, a luz voltou na última semana e o problema parece estar ultrapassado por agora. A informação é confirmada a O MIRANTE por Carolina Santos, moradora e responsável pelo condomínio.
A puxada ilegal feita pelos ocupantes de um apartamento municipal, no entanto, parece ter danificado vários electrodomésticos do edifício que estavam ligados à rede, estando actualmente os moradores a tentar encontrar junto da Câmara de Vila Franca de Xira uma forma de os poder ajudar a suportar os custos. O caso, recorde-se, aconteceu no nº13 da Rua José Augusto Gomes em Arcena, Alverca, depois dos moradores de uma fracção municipal, ocupada ilegalmente, terem feito uma puxada não autorizada no quadro eléctrico do edifício. Uma situação que sobrecarregou o quadro e levou a um incêndio que, por pouco, não se alastrou a todo o prédio. Dos oito apartamentos ali existentes apenas três são de proprietários privados, sendo os restantes municipais.
Quem ali vive perdeu toda a comida que tinha no frigorífico e quem estava em teletrabalho ficou impossibilitado de o fazer. A reparação, como o nosso jornal já havia dado nota, custou perto de 830 euros a cada proprietário.
Questionada por O MIRANTE, a Câmara de Vila Franca de Xira garantiu ter agido de forma célere perante o problema, tendo autorizado a transferência do valor relativo ao pagamento de uma quota extraordinária, na proporção da permilagem de que é proprietário, com vista à rápida resolução da situação, “a que todos os proprietários foram e são alheios”, vinca.
A autarquia explicava ao nosso jornal que todos os mecanismos legais foram desencadeados para informar os ocupantes ilegais da fracção municipal que, caso não desocupem o apartamento de forma imediata e voluntária, o município iniciará o procedimento administrativo legal com vista ao despejo coercivo, tal como já sucedeu noutros casos idênticos. A verdade é que passado todos estes dias os moradores continuam no local a ocupar ilegalmente a habitação. Além disso, garantia a câmara, a responsabilidade pelos danos e os custos decorrentes de toda a situação vão ser imputados em tribunal aos infractores.


