Sociedade | 21-11-2025 12:00

Mau tempo causa centenas de inundações, cortes de electricidade e famílias desalojadas

Mau tempo causa centenas de inundações, cortes de electricidade e famílias desalojadas
Depressão Cláudia causou centenas de ocorrências devido à forte precipitação - Foto: David Pereira

Autoridades registaram centenas de ocorrências na região ribatejana. Lezíria do Tejo e no Médio Tejo houve registo de várias pessoas desalojadas.

O mau tempo da semana passada provocou cerca de duas centenas de ocorrências na Lezíria do Tejo, a maioria inundações, e levou ao corte de várias estradas. Para além das várias dezenas de inundações, foram registados movimentos de massa, várias quedas de árvores, quedas de estruturas, limpezas de via e salvamentos aquáticos, que consistiram na retirada de veículos presos pela água.
De acordo com a Protecção civil, a Estrada Nacional 114 esteve cortada entre Almeirim e Raposa, e foram deslocadas pessoas cujas habitações ficaram inundadas na Glória do Ribatejo, concelho de Salvaterra de Magos, informou o Comando sub-regional da Lezíria do Tejo, que abrange os concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos, Santarém e Azambuja. As operações mobilizaram centenas de bombeiros e veículos. O distrito de Santarém foi, segundo a E-REDES, um dos três mais afectados pelos cortes de energia eléctrica devido à depressão Cláudia.
No Médio Tejo, o Comando Sub-Regional registou mais de uma centena de ocorrências relacionadas com a depressão, provocando dezenas de inundações e deixando pessoas desalojadas em Abrantes. Em declarações à Lusa, o comandante sub-regional de Emergência e Protecção Civil do Médio Tejo, David Lobato, explicou que Abrantes foi o município mais afectado na sub-região, seguindo-se Sardoal, Ourém, Entroncamento, Torres Novas e Tomar.
O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Valamatos, confirmou “muitas situações críticas e de inundação de habitações”, sobretudo devido ao transbordo de linhas de água em Rio de Moinhos, Tramagal, Alferrarede, Chainça e Rossio. “Há pessoas desalojadas, situações que nos preocupam. Estamos a fazer o realojamento através de familiares sempre que possível e, quando não é, recorremos aos nossos meios municipais de resposta”, explicou. O autarca adiantou não haver feridos a registar, mas destacou que há “pessoas em situação de fragilidade e com bens danificados”. A Avenida António Farinha Pereira, uma das principais entradas da cidade, continua a ser um ponto crítico quando há chuvas intensas, acrescentou, referindo que o município está a trabalhar em conjunto com a Infraestruturas de Portugal (IP) “para encontrar soluções para estes locais problemáticos que se repetem há vários anos”.
Também a Protecção Civil de Benavente anunciou, no dia 13 de Novembro, o corte de três vias municipais devido a inundações resultantes do mau tempo, que voltou a provocar constrangimentos na circulação rodoviária em várias zonas do concelho. Segundo a autarquia, encontra-se encerrada a Estrada Municipal 1456 (Estrada do Campo), no troço entre a EN 118 e a EN 10, conhecido como Recta do Cabo. Também a Estrada da Asseiceira, entre a EN 118-1 e a EM 515, foi interditada ao trânsito. Em Santo Estêvão, a Rua Manuel Martins Alves esteve igualmente cortada entre a Rua das Cardosas e a Rua António Joaquim Alves Inácio.

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