Morreram 359 pessoas nas estradas do país este ano, 19 no distrito de Santarém
Dezanove pessoas morreram no primeiro semestre deste ano nas estradas do distrito de Santarém, vítimas de acidente de viação. A 16 de Novembro assinalou-se o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada.
No primeiro semestre deste ano no distrito de Santarém aconteceram 2.539 acidentes de viação, dos quais 655 com feridos ou mortos, sendo que nesse mesmo período morreram 19 pessoas, segundo das contas da Guarda Nacional Republicana. A 16 de Novembro assinalou-se o Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada.
Em média, pelas contas das autoridades nacionais, ocorrem quase 400 acidentes por dia nas estradas portuguesas. Dados da PSP e da GNR apontam para 118.078 acidentes rodoviários em Portugal entre Janeiro e Outubro, dos quais resultaram 359 mortos, 2.293 feridos graves e mais de 36 mil feridos leves. Enquanto não é apresentada uma nova estratégia de combate ao problema, o controlo da velocidade tem sido a melhor forma de atenuar ou até eliminar pontos negros de sinistralidade, quer na região quer no país.
Em Julho do ano passado, recorde-se, entraram em funcionamento 25 novos locais de controlo de velocidade, elevando para 123 o total de radares em funcionamento, incluindo na A1 junto ao nó de Santarém e na Recta do Cabo entre o Porto Alto (Samora Correia) e Vila Franca de Xira. Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, onde foram instalados radares houve uma redução no número de acidentes, incluindo uma descida de 69% nas vítimas mortais e 46% nos feridos graves.
A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária está a preparar uma nova estratégia nacional, a apresentar em breve, para combater as mortes na estrada. Os acidentes não têm apenas um custo humano. Em 2023, o custo da sinistralidade rodoviária foi estimado em mais de 6 mil milhões de euros, o equivalente a 2,6% do Produto Interno Bruto, segundo a ANSR, com danos materiais que ultrapassam os 7 mil milhões de euros.
À margem
O que quer dizer a normalização das mortes por acidentes nas estradas portuguesas?
Estes números que O MIRANTE notícia de mortos na estrada nos primeiros seis meses de 2025 são de bradar aos céus e seriam uma catástrofe se derivassem de uma guerra ou de uma pandemia. O que quer dizer a normalização das mortes por acidentes nas estradas portuguesas? Quem tem a resposta é a PSP e a GNR que, infelizmente, não podem responder por falta de meios. Está na altura de mobilizar as associações para o combate a este flagelo que, na maior dos casos, é devido a ultrapassagens e a excesso de álcool no sangue. E, é sabido, muitos destes mortos são pessoas inocentes que entraram nos carros errados ou estavam no sítio errado à hora errada.


