Cidadã alerta para impacto das alterações ao loteamento da Vila Nova de Santo Estêvão
Isabel Santos esteve na qualidade de munícipe numa reunião da Câmara de Benavente e questionou sobre a capacidade das infraestruturas da Vila Nova de Santo Estêvão para suportar o aumento do número de lotes para habitação.
A munícipe Isabel Santos foi a uma reunião do executivo da Câmara de Benavente chamar a atenção para a alteração ao alvará de loteamento da urbanização Vila Nova de Santo Estêvão, fase 3B, que prevê o aumento de 42 para 119 lotes habitacionais. Está ainda prevista a modificação de um lote não habitacional correspondente ao posto de abastecimento, bem como alterações ao nível das infraestruturas, com mais vias e estacionamento, mas menos espaços verdes.
A cidadã questionou se o aumento da densidade habitacional, que passará de cerca de um para três fogos por hectare, está devidamente acautelado em relação às infraestruturas existentes realizadas pela Companhia Imobiliária da Herdade da Aroeira (CIHA), nomeadamente a estação de tratamento de águas residuais (ETAR), rede de águas para consumo e rega, gás e electricidade, uma vez que estas foram dimensionadas com base no alvará de loteamento n.º 8/98.
Referiu ainda que, de acordo com a memória descritiva do projecto, não foi possível aferir a eventual sobrecarga nas infraestruturas, o que a levou a perguntar se a câmara municipal já realizou algum estudo de impacto técnico que garanta a capacidade das redes para acolher a nova dimensão do loteamento.
Em Outubro último, o então presidente da câmara, Carlos Coutinho, explicou que a terceira fase do loteamento encontra-se ainda por concluir, por haver uma ocupação daqueles terrenos por parte de uma ganadaria, existindo uma quarta fase que nunca avançou. Sublinhou, contudo, que Vila Nova de Santo Estêvão está a retomar o ritmo de construção de novas moradias, o que evidencia a forte procura por habitação na freguesia.
Carlos Coutinho recordou que o loteamento foi concebido para proporcionar um espaço habitacional atractivo e diferenciador no concelho, sendo agora necessário ajustar o planeamento à realidade actual. Afirmou que a proposta de alteração ao alvará está a ser analisada pelos serviços técnicos do município e que, em matéria de especialidades, caberá à empresa Águas do Ribatejo emitir parecer sobre a capacidade das infraestruturas de água e saneamento.
Carlos Coutinho mencionou que “não deverá haver grande problema” com a revisão do alvará, dado tratar-se de um loteamento de grande dimensão, em conformidade com o Plano Director Municipal, e garantiu que em breve deverá ser apresentado um parecer técnico sobre a viabilidade da alteração proposta.


