Sardoal contabiliza prejuízos superiores a 1,3 milhões provocados por depressão Cláudia
Segundo dados da Protecção Civil, o concelho do Sardoal registou 19 ocorrências durante a passagem da depressão Cláudia, incluindo dez inundações de superfície, várias limpezas de vias e movimentos de massa ou quedas de estruturas.
O mau tempo causado pela passagem da depressão Cláudia na semana passada provocou prejuízos estimados em mais de 1,3 milhões de euros no concelho do Sardoal, indicou o presidente da câmara, Pedro Rosa. Na quarta-feira, em reunião do executivo camarário, o autarca estimou que os prejuízos provocados pelo mau tempo estarão acima dos 1,3 milhões de euros, com danos em infraestruturas, obras de arte e aluimentos. Pedro Rosa indicou que a estimativa se mantém, de acordo com “o apuramento prévio” realizado pelo município. Contudo, acrescentou à Lusa, os danos “ainda estão a ser contabilizados”.
Na reunião o presidente da Câmara de Sardoal classificou o impacto do mau tempo no concelho como “muito relevante”, afectando pessoas, infraestruturas municipais e serviços locais. “O Sardoal foi fustigado com precipitação na ordem dos 60 milímetros por hora, muito acima do habitual. A intervenção de todos os agentes de protecção civil, bombeiros, juntas de freguesia, GNR e serviços municipais foi imediata”, disse, considerando ser necessário apurar os danos rapidamente “para accionar possíveis apoios do Governo”. Entre os casos mais críticos está a Estrada Nacional (EN) 358-3, entre São Domingos e Andreus, cortada ao trânsito devido ao aluimento de um talude. “A estrada só será reaberta após avaliação técnica, possivelmente num sentido e com restrição de veículos”, explicou Pedro Rosa, eleito pelo PSD e que iniciou agora o primeiro mandato à frente da Câmara de Sardoal. O autarca frisou ainda que o Sardoal tem sido “uma das áreas mais afectadas” por fenómenos meteorológicos extremos nos últimos anos, com impactos “cada vez mais significativos e onerosos para o município”.
Diversas estradas ainda permanecem interditas, como a Rua do Salgueiral, o Caminho Municipal 1241 e a EN 358-3. Pedro Rosa destacou também prejuízos em equipamentos urbanos, nomeadamente na zona de lazer da Lapa, onde houve arrastamento de terras. Sobre danos a particulares, o autarca admitiu que “existem casos com prejuízos elevados, como garagens inundadas e viaturas danificadas”. Pedro Rosa destacou também a actuação dos serviços municipais e das juntas de freguesia, sempre em articulação com os bombeiros municipais, elogiando o modelo de organização local, que considera “o que garante mais eficácia no terreno”.


