Sociedade | 26-11-2025 15:00

Tomar vai ter taxa máxima de participação no IRS para 2026 e oposição critica

Tomar vai ter taxa máxima de participação no IRS para 2026 e oposição critica

O presidente da Câmara de Tomar justificou opção como uma decisão política orientada para reforçar o investimento municipal. Socialistas criticam a decisão, considerando tratar-se de um aumento injustificado da carga fiscal sobre as famílias.

A aprovação da taxa máxima de participação variável no IRS marcou a mais recente reunião de câmara de Tomar, com o executivo liderado pelo PSD a fixar em 5% a taxa a vigorar em 2026. A oposição socialista votou contra e contestou a decisão. O ex-presidente da câmara e actual vereador, Hugo Cristóvão (PS), lamentou que o novo executivo esteja a “retirar 1% aos cidadãos” relativamente à taxa aplicada até agora. “Até ao ano passado devolvíamos 1%, e é importante sublinhar que estamos a retirar 20% da taxa variável que podia ser devolvida às famílias. Por isso vamos votar contra”, afirmou.
O recém-eleito presidente da câmara, Tiago Carrão (PSD), justificou a opção como uma decisão política orientada para reforçar o investimento municipal. “Esse 1% representa cerca de 400 mil euros, um valor que o município pode aplicar em projectos com maior impacto na comunidade. Muitos cidadãos nem sequer pagam IRS, pelo que a devolução teria um efeito residual. Juntando esse montante, conseguimos obras e investimentos com maior benefício colectivo”, explicou.
Após a reunião, o PS divulgou um comunicado onde crítica a decisão, considerando tratar-se de um aumento injustificado da carga fiscal sobre as famílias. Os socialistas afirmam que a câmara se encontra financeiramente saudável, que o executivo não apresentou argumentos sólidos e que a medida retira cerca de 400 mil euros às famílias. Acrescentam que a decisão contraria posições anteriores dos vereadores do PSD e compromissos eleitorais da coligação PSD/CDS, alertando para possíveis impactos na atractividade do concelho.
Associações locais passam a beneficiar de redução no IMI
Também as taxas de IMI e Derrama para 2026 foram aprovadas na reunião, com abstenção do PS. Tiago Carrão revelou que o executivo propõe aumentar de 20% para 50% a redução de IMI para associações com sede regularizada. O presidente destacou a importância de incentivar a regularização das sedes, aproveitando o regime excepcional actualmente previsto na lei, e garantiu que as associações serão informadas para poderem beneficiar de imediato do desconto.
Quanto à Derrama, Tiago Carrão afirmou que a autarquia mantém a isenção para pequenas e médias empresas, medida que abrange cerca de 300 PME no concelho. O executivo pretende, no futuro, aprofundar critérios adicionais de apoio ao tecido económico local.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias