Supremo confirma prisão para grupo criminoso que assaltava residências na região
Em causa estão assaltos num valor global a rondar os 200 mil euros. Grupo roubava carros para cometer outros assaltos na zona de Lisboa, Oeste e Ribatejo, mudando-lhes as matrículas. Alverca, Almeirim, Salvaterra de Magos, Cartaxo e Barquinha estiveram entre as localidades vítimas do grupo.
O Supremo Tribunal de Justiça confirmou as condenações de um grupo considerado perigoso de seis indivíduos que, durante quatro anos, cometeram assaltos a viaturas e residências num valor total estimado a rondar os 200 mil euros, na zona de Lisboa, Oeste e Ribatejo. Em causa estão crimes de furto, falsificação e condução sem habilitação legal.
No acórdão a que O MIRANTE teve acesso, o tribunal manteve as condenações dos seis homens que já haviam sido decididas em instâncias anteriores, e cujas penas variam entre multas e vários anos de prisão. Um dos homens foi condenado a 11 anos de prisão, resultado do cúmulo jurídico de várias penas aplicadas por furto qualificado, furto simples, falsificação agravada e condução sem habilitação legal. Entre as penas individuais, contam-se três anos e dois meses por furto qualificado e dois anos por cada crime de falsificação agravada.
Um segundo arguido viu confirmada uma pena de três anos de prisão, com perdão condicional de um ano, sob a condição de não cometer crimes dolosos num espaço de um ano. Um terceiro foi condenado a oito anos e seis meses de prisão, incluindo penas por tráfico de menor gravidade, furto qualificado, furto simples e falsificação agravada.
Outro elemento viu a pena única fixada em seis anos e seis meses de prisão, também com perdão condicional de um ano sob a condição de não reincidir. Dois dos arguidos escaparam à prisão: um foi condenado a cinco anos com pena suspensa e outro a pagar uma multa de 1.400 euros pelo crime de falsificação agravada.
Segundo as autoridades, o grupo utilizava veículos emprestados ou alugados, onde em algumas ocasiões colocava matrículas furtadas para evitar a identificação das autoridades. Para forçar a entrada nas habitações recorriam a um arranca-pregos. O modus operandi do grupo consistia em ter um membro a assaltar as casas, outro a conduzir e a vigiar e um terceiro a auxiliar os restantes, tocando às campainhas para confirmar a ausência de moradores e auxiliando nos furtos. Outros elementos alugavam as viaturas para usar nos crimes. Segundo o tribunal, os furtos eram planeados para maximizar os ganhos: várias residências eram alvo numa mesma deslocação, com foco em dinheiro, armas e jóias para troca rápida por numerário. Alguns elementos do grupo estavam também referenciados nas redes de tráfico e consumo de droga.
Ribatejo e Oeste na mira
Entre os alvos do grupo esteve também a zona do Oeste e Ribatejo. Ainda na região de Lisboa, no concelho de Vila Franca de Xira, o grupo assaltou uma casa em Alverca levando bens no valor de 640 euros. Depois continuou os assaltos em residências de Alenquer, Mafra, Nazaré, Almeirim, Salvaterra de Magos, Cartaxo e Vila Nova da Barquinha. Entre os bens furtados estavam jóias em ouro e prata, dinheiro, relógios, perfumes, electrónica, documentação e objectos pessoais.
Em Almeirim, numa das habitações, o grupo sacou mais de 15 mil euros em jóias e objectos de ouro. Em Salvaterra de Magos subtraíram de uma casa três mil euros em ouro e jóias. Em Vila Nova da Barquinha, um dos assaltos a uma habitação também rendeu 13 mil euros em ouro.


