Sociedade | 09-12-2025 12:00

Mais de dois mil utentes continuam sem médico de família no Entroncamento

Mais de dois mil utentes continuam sem médico de família no Entroncamento

Cerca de 2.200 utentes do Entroncamento continuam sem médico de família, o que representa perto de 27% da população. Para tentar responder a esta carência, a autarquia reuniu recentemente com a ULS do Médio Tejo em busca de soluções.

A falta de médicos de família no Entroncamento foi um dos temas debatidos na reunião de câmara de 2 de Dezembro. O presidente Nelson Cunha explicou que o município está a tentar avançar com soluções imediatas e estruturais para responder ao problema, que já atinge cerca de 27% dos habitantes, o que equivale a mais de 2.200 pessoas sem médico atribuído.
O vereador Mário Balsa (PS) já tinha alertado em reuniões anteriores para a sobrelotação do centro de saúde local e para a necessidade de avançar com alternativas, como o projecto Bata Branca, garantindo agora Nelson Cunha que a autarquia abordou o tema com a Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo. Segundo informação divulgada pelo município, o encontro juntou o presidente, o vice-presidente Hélder Gama e a vereadora Maria Figueira, numa sessão onde o conselho de administração da ULS confirmou que o Entroncamento terá mais um médico a prestar apoio clínico, embora não a tempo inteiro.
A reunião abordou ainda a descentralização de competências na área da saúde e o papel que os equipamentos municipais podem ter no apoio aos serviços públicos, tendo como resultado sido definido um regime de articulação permanente entre a autarquia e a ULS, com reuniões regulares e acompanhamento contínuo do número de utentes sem médico de família, das necessidades emergentes e dos recursos disponíveis. Em declarações a O MIRANTE, Nelson Cunha adiantou que o município manifestou à ULS a intenção de implementar o projecto Bata Branca no concelho, à semelhança do que já acontece noutros municípios da região e que a autarquia reunir-se-á “o mais breve possível” também com a Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento para avaliar a viabilidade do serviço.
O projecto Bata Branca funciona como um complemento ao Serviço Nacional de Saúde, permitindo que munícipes sem médico de família tenham acesso a consultas de clínica geral asseguradas por Misericórdias ou outras entidades. O sistema é financiado em conjunto pelas autarquias e pela Administração Central do Sistema de Saúde, e funciona por marcação, ajudando a colmatar a carência de profissionais. São vários os concelhos da região ribatejana que têm em funcionamento este projecto.

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