Sociedade | 10-12-2025 10:00

Hospital Lusíadas Campera arranca no Carregado com equipamentos médicos de última geração

Hospital Lusíadas Campera arranca no Carregado com equipamentos médicos de última geração
Novo hospital do grupo Lusíadas no Campera do Carregado vem reforçar a resposta aos cuidados de saúde da comunidade - foto O MIRANTE

Hospital Lusíadas Campera abriu oficialmente no Carregado, oferecendo a primeira resposta privada de saúde no concelho de Alenquer. A nova unidade hospitalar dispõe de equipamentos de última geração, blocos operatórios modernos e atendimento diário sem marcação. O investimento de 28 milhões de euros deverá permitir, a médio prazo, a criação de 500 postos de trabalho.

Quando atingir a “velocidade cruzeiro” o novo Hospital Lusíadas Campera vai empregar 500 pessoas, disse a O MIRANTE Vasco Antunes Pereira, presidente do Conselho de Administração do Grupo Lusíadas, à margem da inauguração oficial da unidade hospitalar localizada no Campera Outlet Shopping, no Carregado.
O novo hospital demorou dois anos a ser construído e entrou em funcionamento no dia 6 de Outubro, sendo a primeira unidade privada na área da saúde no concelho de Alenquer. O Grupo Lusíadas investiu 28 milhões de euros no novo hospital, que dispõe de 27 gabinetes de consulta, duas salas de bloco operatório e atendimento sem marcação para adultos, das 08h00 às 22h00, todos os dias da semana, além de várias consultas médicas de especialidade.
Após a inauguração da unidade, os autarcas e entidades convidadas visitaram as instalações. Vasco Antunes Pereira fez questão de sublinhar que todos os equipamentos médicos são de última geração e dos modelos mais actuais, como os que estão nos blocos operatórios. Questionado por O MIRANTE sobre se fazia sentido a nova unidade ter bloco de partos, o responsável respondeu que não, dada a escassez de recursos em Portugal. “Não faz sentido andar a abrir blocos de partos por todo o país para fazer 100 ou 200 partos. Concentrámos os partos na unidade de Lisboa. Temos de ser inteligentes na gestão dos recursos e ter massa crítica”, reiterou.

Alterações legais obrigaram a rever projecto do novo hospital
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) não tem facilitado a vida ao Grupo Lusíadas, nomeadamente em relação ao novo hospital. Vasco Antunes Pereira lamenta as alterações legislativas consecutivas nos últimos anos, que influenciaram o decorrer da empreitada no Carregado. Houve que negociar várias vezes com o Grupo Névoa, responsável pelo empreendimento, e alterar o projecto. “A ERS está meramente a aplicar a lei, mas o legislador é que não está a prever de forma exaustiva como os regimes jurídicos se sucedem uns aos outros. No regime transitório que estou a falar, já temos advogados a tratar do assunto e a tratar da interpretação legal”, explicou ao jornal referindo-se a algumas salas do novo hospital.
Sobre se aceitaria uma eventual parceria público-privada (PPP) para gerir o Hospital Vila Franca de Xira, o CEO mostrou-se disponível para negociar, até porque o grupo já tem contrato com o Serviço Nacional de Saúde em algumas unidades. O responsável lembra que o Grupo Lusíadas geriu durante muitos anos a PPP de Cascais com resultados positivos para a população. “O grupo está sempre disponível para olhar para oportunidades de crescimento, desde que faça sentido e tenhamos capacidade. Estamos num mercado em que a quantidade de unidades de saúde privadas são distintas das que existiam há dez anos e devíamos olhar para isto como um sistema e não como uma ideologia”, sublinhou.

Inteligência Artificial é usada no diagnóstico e nos blocos operatórios
O Hospital Lusíadas Campera tem como directora clínica Zara Soares, natural do concelho de Alenquer. A responsável salientou no discurso, aquando da inauguração, que vai ser importante para a população ter esta resposta nomeadamente no que respeita a especialidades como a medicina geral e familiar e a pediatria. A directora executiva do hospital, Ana Rita Matias, que guiou a visita pela unidade, adiantou que o hospital permite realizar cerca de 140 mil consultas e 10 mil cirurgias por ano.
Vasco Antunes Pereira adiantou a O MIRANTE que a área de diagnóstico já usa a Inteligência Artificial (IA) sendo uma ferramenta que ajuda a detectar doenças e a escrutinar casos médicos. Os blocos operatórios já têm parte de IA, mas o responsável não acredita que a componente humana na saúde possa vir a ser substituída. “Vai haver evolução, mas com escrutínio. Não há nenhum dos nossos blocos sem IA, mas não antevejo que num futuro próximo haja uma alteração radical de configuração dentro dos blocos operatórios”, vincou.
Ainda na cerimónia de inauguração o presidente da Câmara de Alenquer, João Nicolau agradeceu a escolha do Grupo Lusíadas por Alenquer e relembrou que o processo de instalação da unidade foi conduzido pelo anterior presidente, Pedro Folgado, que também esteve na sessão inaugural.

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