Limpeza do mercado diário do Entroncamento volta a gerar críticas
Face às crescentes queixas de comerciantes e munícipes sobre a falta de higiene no mercado diário, a Câmara Municipal do Entroncamento promete reforço de pessoal nas limpezas do espaço.
A falta de limpeza do mercado diário voltou a marcar a reunião camarária do Entroncamento. O vereador Rui Madeira (PSD) voltou a transmitir o descontentamento “permanente” dos comerciantes, lembrando que as queixas já foram feitas há meses e continuam sem resolução. O autarca alertou ainda que, além do incómodo diário, podem surgir riscos de saúde pública caso o problema se mantenha.
O presidente da câmara, Nelson Cunha, reconheceu as falhas e explicou que já reuniu com a empresa responsável pela limpeza do mercado diário, semanal, grossista e do estacionamento para exigir melhorias. Garantiu que o município vai reforçar a equipa com mais um funcionário no período da manhã, estando o processo de recrutamento previsto para estar concluído dentro de duas a três semanas. A discussão sobre o mercado abriu ainda espaço a outra preocupação, desta vez relacionada com o acesso aos sanitários durante a noite. O vereador Mário Balsa (PS) lembrou que a Praça Salgueiro Maia, situada junto ao mercado, funciona como zona de diversão nocturna e que, após determinada hora, os utilizadores deixam de conseguir aceder aos WC do mercado, situação que tem causado vários incómodos. Maria Figueira, vereadora responsável pelos mercados e feiras, explicou que até há pouco tempo alguns corredores permaneciam abertos durante a noite, sendo até necessária a colocação de sinalética a proibir a entrada de trotinetes devido ao mau uso do espaço. A autarca garantiu que vai apurar por que motivo os acessos passaram a estar fechados e procurar uma solução.
Recorde-se que, desde há vários anos, o mercado diário do Entroncamento tem sido alvo de críticas, sobretudo relacionadas com a falta de manutenção e os maus cheiros na zona envolvente. Como O MIRANTE noticiou no ano passado, após uma visita ao local e conversas com vários comerciantes, estes reconhecem que persistem alguns problemas, mas garantem que a situação já foi bastante pior. Na altura, vendedores como Júlia Correia, Adelina Cabrita e Célia Crispim confirmaram a existência de maus cheiros, mas asseguraram que a manutenção das instalações é quase diária e que as obras de requalificação realizadas em 2019 contribuíram significativamente para melhorar o espaço.


