Orçamento de 28 milhões da Câmara de Almeirim dá prioridade à habitação, saúde e educação
Os funcionários e a aquisição de bens e serviços consomem uma fatia importante das receitas do município, que só para estas áreas vai gastar mais de 15 milhões de euros em 2026. Mas nas opções de investimento para este mandato de quatro anos, há a vontade de investir 30 milhões na educação, mais de cinco milhões na habitação e seis milhões na área da saúde com a ampliação do centro de saúde da cidade a ser a obra mais importante.
A Câmara de Almeirim, com a nova liderança de Joaquim Catalão, vai ter um orçamento para o próximo ano de 28.174.893 euros, menos cerca de um milhão e quatrocentos mil euros que em 2025. Grande parte das verbas vai ser gasta em despesas correntes, na casa dos 19,3 milhões de euros, com os pagamentos aos funcionários a ocuparem uma importante fatia do bolo financeiro com 10,1 milhões e a aquisição de bens e serviços com 5,5 milhões de euros. Nos investimentos o orçamento destaca a habitação e a educação, com a requalificação da escola secundária a levar uma boa fatia desta rúbrica. A finalização da circular urbana vai marcar passo em 2026 e só no ano seguinte haverá avanços, enquanto vai ser dada atenção à recuperação e manutenção dos edifícios municipais e arranjos e arruamentos nas freguesias, sendo que há projectos anunciados no anterior mandato que vão estar em modo de espera.
Enquanto os arranjos nas freguesias vão ter uma dotação de 2,2 milhões de euros, que baixa para 500 mil euros em termos de previsão para 2027, a finalização da circular urbana vai abrandar no primeiro ano de mandato de Joaquim Catalão e só em 2027 terá uma verba de 500 mil prevendo-se que só em 2028 fique pronta com igual verba, sendo que agora só vai ter 25 mil euros. Na mesma linha está a requalificação do edifício dos Paços do Concelho no qual se prevê gastar três milhões até 2029, sendo que para já só vão ser gastos 50 mil euros que devem chegar para pintar o imóvel que alberga o poder e que está com um aspecto degradado.
20 milhões previstos para a escola secundária até 2030
Na educação prevê-se gastar cerca de 30 milhões de euros até 2030, mas a aposta começa já em 2026 com um investimento de 500 mil euros na segunda creche municipal e 1,5 milhões em 2027, sendo que até 2029 devem investir-se 3,5 milhões neste desafio lançado pelo anterior presidente, Pedro Ribeiro, que fez a primeira creche municipal da Lezíria. Mas o investimento mais grandioso é na requalificação da Escola Secundária Marquesa de Alorna, prevendo-se gastar 20 milhões nos próximos cinco anos, sendo que o projecto só deve arrancar no segundo ano de mandato com uma previsão de investimento de cinco milhões. Ainda na educação, a acção social escolar de apoio aos mais desfavorecidos é de realçar com uma verba de 1,1 milhões de euros.
Mais de 11 milhões para habitação e saúde
Para a habitação o novo executivo reservou uma verba de três milhões, que poderá alavancar o projecto do anterior mandato de construção de 168 apartamentos a custos controlados para colocar no mercado a preços mais baixos, tendo em conta os rendimentos das famílias. Nesta rubrica está previsto investir 5,4 milhões até ao final deste mandato. Na saúde o avançar da ampliação do centro de saúde da cidade deve avançar em breve com a dotação de 1,9 milhões na rubrica “centros de saúde do concelho”, que tem um investimento previsional de cerca de seis milhões até final do mandato. Em relação aos bombeiros está expressa nas grandes opções do plano plurianual de investimentos um reforço dos apoios de quase o dobro passando de 670 mil euros em 2026 para 1 milhão 210 mil euros em 2027.
Mas há projectos anunciados pelo anterior executivo que vão ficar na gaveta neste primeiro mandato, como é o caso da zona conhecida por Horta d’El Rei, num perímetro atrás do cine-teatro, comprado por 320 mil euros. Para este espaço pretendia-se fazer estacionamento, recuperar a casa antiga que existe no perímetro para sede da Gentes de Almeirim e preservação da pequena capela virada para a Rua Miguel Bombarda e que integra a procissão do Senhor dos Passos.
No capítulo das receitas destaque para a previsão de a autarquia receber quase seis milhões em receita fiscal, com o imposto municipal sobre imóveis (IMI) à cabeça com 2,7 milhões e a prever-se arrecadar 1,6 milhões de IMT (Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis). A derrama, outro imposto municipal, que incide sobre o lucro tributável das empresas, tem uma previsão de receita de cerca de 579 mil euros.


