Sociedade | 17-12-2025 10:00
Mega fraude fiscal de 209 milhões de euros passou por Vila Franca de Xira
Contas bancárias no concelho de VFX estão entre aquelas onde a Polícia Judiciária encontrou provas de crimes de branqueamento de capitais, fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Investigação está a cargo do DIAP do Porto.
O concelho de Vila Franca de Xira está incluído no leque de municípios alvo de uma operação policial realizada pela Polícia Judiciária (PJ), no âmbito de uma investigação a uma organização criminosa de carácter transnacional, suspeita da prática de crimes de associação criminosa, branqueamento de capitais, fraude fiscal e falsificação de documentos.
A O MIRANTE fonte oficial da PJ confirma buscas no concelho ribatejano, sobretudo em duas empresas. A operação foi desencadeada pela Directoria do Norte da PJ e visou o cumprimento de 67 mandados de busca, realizados em vários municípios, além de Vila Franca de Xira: Espinho, Paredes, Póvoa de Varzim, Porto, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia. No seguimento destas diligências, diz a PJ, foram constituídos arguidos 45 pessoas singulares e colectivas e detidos sete suspeitos.
Segundo a judiciária, a organização era controlada por cidadãos nacionais e estrangeiros e utilizava o sistema bancário nacional para sustentar o processo de branqueamento de capitais. Este procedimento assentava na criação sucessiva de sociedades e de contas bancárias tituladas pelas mesmas, através das quais circulavam vantagens económicas maioritariamente provenientes da prática de “Trade Based Money Laundering”, um método que permite disfarçar lucros de actividades ilícitas como se fossem fundos legítimos, recorrendo a transações de comércio internacional para ocultar a origem do dinheiro.
Os montantes de origem criminosa, acrescenta a PJ, eram depositados de forma contínua nas contas bancárias criadas para o efeito, para serem posteriormente transferidos para contas domiciliadas em países europeus terceiros. No decurso da investigação, desenvolvida ao longo dos últimos 24 meses, foi apurada a existência de depósitos em numerário superiores a 141 milhões de euros, num total global de 209 milhões de euros movimentados através destas chamadas “contas veículo”.
* Notícia desenvolvida na edição impressa de O MIRANTE
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