Município da Chamusca reuniu com STAL para falar sobre assunto das horas de trabalho extraordinário dos funcionários
Reunião do executivo municipal da Chamusca com Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local abordou vários assuntos, um deles um processo que está em tribunal sobre o assunto dos funcionários exigirem ser ressarcidos das horas excedentes como trabalho extraordinário.
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) reuniu-se com o executivo municipal da Chamusca, liderado por Nuno Mira (PS), para falar sobre vários assuntos, nomeadamente o tema dos funcionários exigirem que lhes sejam pagas as cinco horas excedentes como trabalho extraordinário, explicou a O MIRANTE o presidente da autarquia. Este é um processo que o STAL interpôs contra a Câmara Municipal da Chamusca no Tribunal Administrativo Fiscal de Leiria na sequência da aplicação das 40 horas semanais aos funcionários da autarquia por despacho de 19 de Setembro de 2013. A notificação do tribunal, recebida na câmara em 21 de Julho desse ano, informava que o município ia ter de ressarcir os funcionários pelas cinco horas excedentes como trabalho extraordinário. O processo continua por resolver.
Recorde-se que ao abrigo da Lei 68/2013, de 29 de Agosto, o período normal de trabalho dos trabalhadores em funções públicas é de “oito horas por dia e quarenta horas por semana”, em vez das sete horas diárias e 35 semanais que estavam em vigor anteriormente. Um regime que “tem natureza imperativa e prevalece sobre quaisquer leis especiais e instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho”. Vários anos mais tarde, o assunto voltou à ordem do dia depois da intervenção de uma munícipe, que também é funcionária do município, durante uma assembleia municipal de 2023, altura em que era Paulo Queimado o presidente da câmara. “Gostaria de fazer um agradecimento ao senhor presidente da câmara pela solidariedade que demonstrou para com os funcionários na última assembleia. Pena ter-se esquecido de dizer que perdeu uma acção em Tribunal em 2017 e que recorreu. Agradeço as palavras de solidariedade, mas agradecia antes que me tivessem pago o que me pertencia. Se a autarquia se dá ao luxo de ter carros de 80 mil euros e telemóveis de quatro mil, também poderia pensar nos seus funcionários. Não é preciso tanto luxo para estar a representar a autarquia”, disse.


