Sociedade | 24-12-2025 10:00

Sarapicos de Natal levam magia, partilha e tradição às crianças de Alenquer

Sarapicos de Natal levam magia, partilha e tradição às crianças de Alenquer
Carmen Peixe agarrou numa receita familiar e confecciona com centenas de crianças os Sarapicos de Natal - foto O MIRANTE

Inspirados numa receita de família, os Sarapicos de Natal são confeccionados todos os anos por centenas de crianças na Biblioteca Municipal de Alenquer. Carmen Peixe aprendeu a fazer o doce com a avó e deu continuidade à tradição de Natal junto do público.

Quando aprendeu com a avó a confeccionar os Sarapicos de Natal, Carmen Peixe estava longe de adivinhar que a receita familiar se tornaria numa iniciativa pública dirigida às crianças em Alenquer. Desde 2012, que a confecção das bolachinhas mágicas é habitual pela quadra natalícia, em que centenas de crianças põem as mãos na massa para fazerem os sarapicos, de formato redondo semelhante a uma pequena broa. Os ingredientes são mágicos e por isso secretos, conta Carmen Peixe, funcionária dos serviços educativos da Câmara de Alenquer, explicando que todas são feitas com toneladas de paz, solidariedade, amor e partilha.
Ao longo dos anos, a tradição familiar transformou-se numa actividade de grande dimensão, que decorre na Biblioteca Municipal de Alenquer. Durante a semana, entre as 9h30 e as 17h00, participam sobretudo grupos escolares, entre 250 a 300 crianças por dia. Aos fins-de-semana, o espaço enche-se de famílias, escuteiros e grupos vindos de vários pontos do país, atraídos pelo aroma e pela memória afectiva associada ao doce. Às sextas-feiras e sábados funciona das 11h00 às 22h00, e aos domingos das 11h00 às 20h00, sem interrupção.

Trabalho de equipa e dedicação
Por questões de higiene, durante a semana a massa já está pré-confeccionada e as crianças fazem apenas uma pequena bola redonda que vai ao forno. No caso das famílias, cada participante escolhe as suas forminhas, veste avental e chapéu, amassa, molda e leva a sua própria bolacha para casa. “Aqui trabalha-se o espírito de equipa, a entreajuda, a partilha. Se um termina primeiro, espera pelos outros. Somos todos um grupo”, sublinha Carmen Peixe.
Depois de pronta, a bolacha é colocada num saquinho especial e leva consigo, simbolicamente, toneladas infinitas de paz, amor, amizade, saúde, esperança, felicidade e solidariedade. “Não é só uma simples massa, é tudo o que colocamos aqui à volta”, finaliza a mentora dos Sarapicos de Natal.

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