Sociedade | 26-12-2025 16:23

Greve da recolha de lixo em Vila Franca de Xira suspensa após cedência da Câmara

lixo contentores
foto ilustrativa

Município aceitou abrir negociações com o STAL com o objectivo de estudar um plano de pagamento plurianual relativo a retroactivos a receber dos trabalhadores referentes a 2014.

A Direcção Regional de Lisboa do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) anunciou a suspensão da greve que estava prevista para os dias 26 a 29 no serviço de recolha de lixo da Câmara de Vila Franca de Xira. Uma greve que, a acontecer num período festivo onde normalmente se produz mais lixo, poderia ter tido repercussões fortes na comunidade.
A decisão do STAL de suspender a greve surge após a autarquia ter cedido às principais reivindicações dos trabalhadores, no âmbito de um processo negocial que, soube-se agora, vai começar.
A paralisação, anunciada nos últimos dias, tinha como objectivo garantir o pagamento dos direitos remuneratórios durante o período de férias, incluindo os suplementos de penosidade e insalubridade e de trabalho nocturno, bem como os respectivos retroactivos. De acordo com o STAL, num email enviado pela câmara à estrutura sindical, a autarquia compromete-se com o pagamento dos valores devidos e respectivos retroactivos durante o ano de 2026.
A câmara manifesta também disponibilidade para, no âmbito da execução do Plano e Orçamento para o próximo ano, abrir negociações com o STAL com o objectivo de estudar um plano de pagamento plurianual relativo aos retroactivos a 2014. Este plano deverá incluir, para além do subsídio de trabalho nocturno, o suplemento de penosidade e insalubridade relativo ao mês de férias.
Perante a disponibilidade do município para dialogar, os trabalhadores do serviço de higiene e limpeza da Câmara de Vila Franca de Xira reuniram-se e decidiram, por votação, adiar a greve durante o período de negociações.
No pré-aviso de greve, recorde-se, o STAL reivindicava também a continuação e condução célere das negociações para a actualização e aplicação do Acordo Colectivo de Empregador Público, de forma a garantir condições de trabalho dignas e a valorização dos direitos adquiridos. O sindicato exigia igualmente o pagamento da majoração do trabalho suplementar quando ultrapassadas as 100 horas anuais. Na altura, o STAL acusava a câmara de não ter enviado qualquer resposta escrita que assumisse claramente o pagamento dos valores em dívida, situação que entretanto foi ultrapassada.

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