Sociedade | 29-12-2025 19:12

Antigo Palácio de Alvaiázere não reúne condições para acolher nova Loja do Cidadão

Antigo Palácio de Alvaiázere não reúne condições para acolher nova Loja do Cidadão

Presidente da Câmara explicou que dimensão do Palácio de Alvaiázere não é suficiente para uma Loja do Cidadão. Oposição alertou para a importância de reabilitar um edifício histórico que está devoluto há 50 anos.

A instalação de uma Loja do Cidadão no antigo Palácio de Alvaiázere, em Tomar, está em risco de não avançar naquele local, devido à insuficiência da área disponível para cumprir os requisitos exigidos pela Agência para a Modernização Administrativa (AMA). O tema foi debatido na mais recente reunião de Câmara de Tomar, com posições distintas entre o executivo e a oposição.

O presidente da Câmara, Tiago Carrão (AD), explicou que a informação técnica é clara: os cerca de 330 metros quadrados disponíveis no palácio não são suficientes para uma Loja do Cidadão de terceira geração, modelo que a AMA considera adequado para a dimensão e realidade do concelho de Tomar. Segundo o autarca, esse modelo implica a presença mínima da Autoridade Tributária e da Segurança Social, exigindo uma área aproximada de 880 metros quadrados.

Perante este cenário, Tiago Carrão apontou duas hipóteses: a escolha de outro local para a Loja do Cidadão ou a eventual aquisição de um edifício contíguo que permita alcançar a área necessária. “Com a realidade que temos, não será efectivamente possível”, afirmou, sublinhando que o município continuará a trabalhar com os técnicos para encontrar soluções viáveis.

Da parte da oposição, o vereador Hugo Cristóvão (PS), ex-presidente da Câmara, defendeu que o município não deve aceitar de forma passiva as imposições da AMA. Para o socialista, as Lojas do Cidadão existentes no país não são todas iguais, nem em serviços nem em dimensão, e Tomar não deve correr o risco de perder serviços que já funcionam bem, como as Finanças. Hugo Cristóvão defendeu uma Loja do Cidadão que complemente a oferta existente, sem implicar o encerramento de serviços, e alertou para a importância de não perder a oportunidade de reabilitar um edifício histórico que está devoluto há cerca de 50 anos.

Tiago Carrão respondeu que as regras da AMA são claras e de cumprimento obrigatório. A decisão, reforçou, passa agora por avaliar que soluções são possíveis face às exigências existentes.

Recorde-se que, em Março último, foi noticiado que iria avançar o projecto para instalar a Loja do Cidadão no antigo Palácio de Alvaiázere, numa iniciativa do anterior executivo que visava dar nova vida ao edifício histórico e concentrar vários serviços públicos num só espaço.

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