Antigo Palácio de Alvaiázere não reúne condições para acolher nova Loja do Cidadão
Presidente da Câmara explicou que dimensão do Palácio de Alvaiázere não é suficiente para uma Loja do Cidadão. Oposição alertou para a importância de reabilitar um edifício histórico que está devoluto há 50 anos.
A instalação de uma Loja do Cidadão no antigo Palácio de Alvaiázere, em Tomar, está em risco de não avançar naquele local, devido à insuficiência da área disponível para cumprir os requisitos exigidos pela Agência para a Modernização Administrativa (AMA). O tema foi debatido na mais recente reunião de Câmara de Tomar, com posições distintas entre o executivo e a oposição.
O presidente da Câmara, Tiago Carrão (AD), explicou que a informação técnica é clara: os cerca de 330 metros quadrados disponíveis no palácio não são suficientes para uma Loja do Cidadão de terceira geração, modelo que a AMA considera adequado para a dimensão e realidade do concelho de Tomar. Segundo o autarca, esse modelo implica a presença mínima da Autoridade Tributária e da Segurança Social, exigindo uma área aproximada de 880 metros quadrados.
Perante este cenário, Tiago Carrão apontou duas hipóteses: a escolha de outro local para a Loja do Cidadão ou a eventual aquisição de um edifício contíguo que permita alcançar a área necessária. “Com a realidade que temos, não será efectivamente possível”, afirmou, sublinhando que o município continuará a trabalhar com os técnicos para encontrar soluções viáveis.
Da parte da oposição, o vereador Hugo Cristóvão (PS), ex-presidente da Câmara, defendeu que o município não deve aceitar de forma passiva as imposições da AMA. Para o socialista, as Lojas do Cidadão existentes no país não são todas iguais, nem em serviços nem em dimensão, e Tomar não deve correr o risco de perder serviços que já funcionam bem, como as Finanças. Hugo Cristóvão defendeu uma Loja do Cidadão que complemente a oferta existente, sem implicar o encerramento de serviços, e alertou para a importância de não perder a oportunidade de reabilitar um edifício histórico que está devoluto há cerca de 50 anos.
Tiago Carrão respondeu que as regras da AMA são claras e de cumprimento obrigatório. A decisão, reforçou, passa agora por avaliar que soluções são possíveis face às exigências existentes.
Recorde-se que, em Março último, foi noticiado que iria avançar o projecto para instalar a Loja do Cidadão no antigo Palácio de Alvaiázere, numa iniciativa do anterior executivo que visava dar nova vida ao edifício histórico e concentrar vários serviços públicos num só espaço.


