Sociedade | 29-12-2025 07:00

Mais de 240 reclamações sobre comunicações electrónicas em Vialonga em dois anos

Mais de 240 reclamações sobre comunicações electrónicas em Vialonga em dois anos

A freguesia de Vialonga registou 241 reclamações relacionadas com serviços de comunicações electrónicas nos últimos dois anos. Em 2024 foram contabilizadas 122 queixas e, em 2025, o número já atinge 119 até ao início de Dezembro. A maioria dos problemas prende-se com cancelamentos, falhas de serviço e gestão de contratos.

A freguesia de Vialonga registou um número elevado de reclamações relacionadas com serviços de comunicações electrónicas nos últimos dois anos, segundo dados fornecidos a O MIRANTE pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM). No ano de 2024, a ANACOM recebeu um total de 122 reclamações. Já em 2025, até 9 de Dezembro, foram registadas 119 reclamações, um valor muito próximo do total do ano anterior, apesar de ainda não estar concluído o ano civil.
Os números corroboram as queixas da população, nomeadamente da Fonte Santa, Mogos e Santa Eulália que em 2024 lançaram um abaixo-assinado a exigir a resolução do problema. Mas o primeiro abaixo-assinado data de 2021. Relativamente às reclamações apresentadas em 2025, a ANACOM indica que os principais motivos das queixas estão relacionados com o cancelamento do serviço (cerca de 20%); falhas nos serviços (cerca de 17%); questões ligadas à gestão dos contratos (cerca de 15%); contratação de serviços (11%); facturação de serviços (cerca de 10%).
Sobre eventuais medidas para mitigar ou resolver o problema de falhas de Internet e rede móvel de forma definitiva em Vialonga, nomeadamente na Fonte Santa e Santa Eulália, a ANACOM esclarece que não existe obrigação legal de cobertura total do território nacional no acesso à Internet em banda larga, seja fixa (ADSL, fibra óptica ou cabo coaxial) ou móvel (voz e dados).
No serviço móvel, os operadores MEO, NOS e Vodafone cumprem obrigações associadas aos direitos de utilização de frequências, mas não estão obrigados a garantir cobertura total do território. Apesar de apresentarem, no global, um bom nível de cobertura e desempenho de rede, podem existir as chamadas “zonas de sombra”, que afectam a qualidade ou mesmo impedem o acesso ao serviço.

Planos de cobertura
móvel e fixa incluem Vialonga
Com o objectivo de reduzir os défices de cobertura, a ANACOM diz que foram impostas obrigações adicionais aos operadores através do Leilão Multifaixa e da renovação dos direitos de utilização das faixas de frequência dos 800 MHz e 2100 MHz, que abrangeram 1068 freguesias identificadas como “tendencialmente sem banda larga móvel”; do Leilão 5G, realizado em 2020, que impôs obrigações de cobertura sobre a generalidade do território nacional, incluindo todos os itinerários ferroviários e os principais itinerários rodoviários, bem como a maioria da população.
No que respeita às redes fixas de alta velocidade, a ANACOM, em articulação com o Governo, realizou consultas públicas em 2022 e 2023 para identificar as chamadas “áreas brancas”, ou seja, zonas sem redes fixas de alta velocidade, como fibra óptica. O objectivo passa por garantir cobertura nacional por redes Gigabit até 2030, recorrendo a financiamento público, incluindo fundos da União Europeia.
Neste contexto, foi lançado um concurso público internacional cujas candidaturas terminaram a 30 de Agosto de 2024. Segundo a ANACOM, algumas subsecções da freguesia de Vialonga estão incluídas nas áreas brancas identificadas neste processo.

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