Sociedade | 29-12-2025 07:00

Segurança e videovigilância voltam a gerar debate na Câmara de Abrantes

Segurança e videovigilância voltam a gerar debate na Câmara de Abrantes
Vereadores do PSD alertaram para a contínua falta de segurança sentida pelos habitantes de Abrantes - foto O MIRANTE

Oposição questionou atrasos na instalação de câmaras, sugerindo a avaliação da possibilidade de instalar uma Polícia Municipal. A maioria socialista apontou constrangimentos legais e dependência da PSP no avançar do processo.

A percepção de insegurança na cidade de Abrantes esteve em destaque na reunião de câmara, depois de vereadores do PSD alertarem, na sessão de 9 de Dezembro, para recentes assaltos a estabelecimentos comerciais e a pessoas na via pública, questionando o ponto de situação da videovigilância no centro histórico e defendendo a necessidade de respostas mais concretas por parte do município.
O vereador João Morgado lembrou que a instalação de câmaras de videovigilância foi anunciada pela primeira vez em Fevereiro de 2024, tendo sido assinado um protocolo com a PSP em Março desse ano, com vigência de três anos. Sublinhou que, volvidos quase dois anos, importa esclarecer o que já está efectivamente implementado no terreno e o que ainda falta concretizar, defendendo que a videovigilância tem um papel dissuasor da criminalidade. Na mesma linha, a vereadora Ana Oliveira reforçou a preocupação com a crescente sensação de insegurança sentida pela população, sobretudo no centro histórico. A social-democrata destacou a situação vivida por comerciantes, maioritariamente mulheres, que ao final do dia atravessam zonas escuras para aceder aos parques de estacionamento, defendendo que o tema deve ser encarado de forma séria. “Nesta altura do Inverno, às 17h00 já é completamente de noite e uma pessoa ao passar por exemplo pelos parques de estacionamento em São Domingos, quando está totalmente de noite, com todos os relatos recentes, não nos sentimos muito seguros”, salientou. A vereadora voltou ainda a colocar em cima da mesa a possibilidade da criação de uma Polícia Municipal, proposta que constava do programa eleitoral do PSD, como forma de reforçar a resposta local em matéria de segurança.
O presidente da câmara, Manuel Valamatos, reconheceu que a segurança é uma preocupação permanente do executivo, apesar de não ser uma competência operacional directa do município. O autarca sublinhou que, do ponto de vista político, nunca foi equacionada a criação de uma Polícia Municipal, referindo que Abrantes não apresenta níveis de criminalidade elevados quando comparada com outros concelhos do Médio Tejo. Relativamente à videovigilância, explicou que o município investiu na aquisição de mais de cinquenta câmaras, mas que a sua operacionalização depende da PSP, enfrentando constrangimentos legais e questões relacionadas com a protecção de dados e privacidade. O presidente garantiu que a câmara tem insistido junto do Comando Distrital para acelerar o processo e que está também a iniciar contactos com a GNR para a eventual instalação de câmaras noutros pontos do concelho.

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