O aeroporto de Santarém está a mexer com os políticos da região. Em Tomar o tema fez irritar a presidente do município, Anabela Freitas, à margem da Conferência Crescimento e Sustentabilidade em Tomar, que se realizou a 7 de Setembro. Questionada por O MIRANTE se a existência de um projecto para um aeroporto em Santarém pode pôr em causa uma solução que inclua o aeroporto de Tancos, a resposta da presidente da Câmara de Tomar foi evasiva, mas deu a entender que as relações dentro da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) já conheceram melhores dias.
Apesar de garantir que o projecto de conjugação mista de aviação civil e aviação militar na base de Tancos “não está em competição com outros projectos como o de Montijo ou de Alcochete”, Anabela Freitas não quis falar do aeroporto em Santarém, mas lamentou que “haja pessoas dentro da própria CIMT que põem agendas pessoais à frente dos interesses da região esquecendo até o território onde residem”. Sem esclarecer a quem se dirigiam as farpas, a autarca frisou, contudo, que as críticas não eram para nenhum dos demais 12 municípios e respectivos autarcas que compõem a CIMT.
Já em Rio Maior o aeroporto em Santarém mereceu destaque na reunião de câmara de sexta-feira, 9 de Setembro. O assunto foi puxado pelo vereador socialista Miguel Paulo que, face às notícias que têm vindo a público, apelou a que a Câmara de Rio Maior “lute activamente” por aquele que defende ser um “pólo de desenvolvimento na região”. A resposta do vice-presidente da autarquia, João Lopes Candoso (PSD), que presidiu à reunião do executivo municipal na ausência do presidente da câmara, Filipe Santana Dias, em férias, não se fez esperar. De acordo com João Candoso a Câmara de Rio Maior assumirá a “linha da frente” de defesa do aeroporto de Santarém considerando que é “o projecto que poderá trazer mais vantagens para Rio Maior”.