Sociedade | 30-09-2022 14:59

Agrupamento de Escolas de Azambuja acusado de plágio

Directora do Agrupamento de Escolas de Azambuja, Madalena Tavares, diz que apropriação não visava lesar o AE de Santiago do Cacém

Agrupamento de Azambuja usou conteúdo sobre despesas de educação no IRS desenvolvido e publicado pelo Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém, que se sente “roubado”. A directora Madalena Tavares diz que a revisão que fez se prendeu exclusivamente com a informação e pede desculpa.

O Agrupamento de Escolas (AE) de Azambuja foi acusado de plágio por ter copiado um texto e infografia desenvolvidos e publicados originalmente pelo Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém na sua página de Facebook. A situação foi denunciada publicamente pelo agrupamento alentejano dirigido por Manuel Mourão, que lamentou a atitude pela não atribuição dos “créditos da autoria da publicação”. A directora do Agrupamento de Azambuja, Madalena Tavares, reagiu assumindo parte da responsabilidade e pediu desculpa às comunidades de ambos os agrupamentos.
Em causa está uma publicação sobre a dedução de despesas de educação no IRS, na qual é explicado que para as facturas serem dedutíveis, o material escolar tem que ser adquirido nas papelarias das escolas, onde a taxa do IVA é reduzida. “Facturas de materiais adquiridos fora das escolas apenas poderão ser incluídas nas despesas gerais”, lê-se no texto original publicado cerca de duas semanas antes do divulgado pelo AE de Azambuja nas redes sociais.
“O que nos move nesta denúncia, mais do que o sentirmo-nos ‘roubados’, é o dever de educar pelo exemplo que qualquer escola deve ter, é a obrigação de contribuirmos para formar bons cidadãos, eticamente conhecedores dos seus direitos e deveres, inclusive dos que se prendem com o uso da Internet e redes sociais”, referiu o Agrupamento de Santiago do Cacém, lamentando que após a denúncia o Agrupamento de Azambuja, além de não ter atribuído imediatamente os créditos, os tenha bloqueado no Facebook.
A directora do Agrupamento de Azambuja veio publicamente pedir desculpa por “inadvertidamente” ter sido utilizado conteúdo criado pelo AE de Santiago do Cacém, e responsabilizou-se por não se ter apercebido atempadamente da situação. “A minha revisão prendeu-se, unicamente, com o conteúdo que constava dos normativos legais”, afirmou, acrescentando que a “apropriação da imagem e conteúdo não visava lesar o AE de Santiago do Cacém” e que a equipa de comunicação recorreu à “utilização de fontes e documentos disponíveis na Internet”. Apesar do pedido de desculpas o AE de Azambuja mantém na sua página de Facebook a publicação sem atribuir créditos ao AE de Santiago do Cacém.
Relativamente às acusações de o AE de Azambuja não ter corrigido imediatamente o erro, Madalena Tavares garantiu, em comunicado, que a sua equipa tentou publicar um pedido de desculpas na página do AE de Santiago do Cacém, mas que “a mesma não permite a interacção com terceiros, nomeadamente a publicação de quaisquer respostas ou comentários”.

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