<strong>Ambientalistas e cidadãos querem salinas de Alverca classificadas como reserva ecológica até Setembro</strong>
Apetites imobiliários nunca desapareceram daquela que é uma das áreas naturais mais extensas de Alverca do Ribatejo com uma área de 218 hectares – e para onde no passado chegaram a estar previstas urbanizações de grandes dimensões.
Não vale a pena os promotores imobiliários continuarem a alimentar esperanças de vir a poder desafectar parcelas de terreno ou ver criadas medidas de excepção na próxima revisão do Plano Director Municipal (PDM) para poderem construir nas salinas de Alverca, o principal santuário de nidificação de aves do Estuário do Tejo.
O destino do espaço é tornar-se uma reserva ecológica, protegida e a valorizar no futuro, garante o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, que falou do assunto pela primeira vez desde que tomou posse e alinhou o discurso com o seu antecessor, Alberto Mesquita.
“O destino das salinas está traçado. Houve uma deliberação há muitos anos na câmara para proteger aquele espaço e estamos empenhados nisso”, garante o autarca, mais de vinte anos depois de discussões sobre o tema e sete anos desde a aprovação de uma moção em assembleia municipal, por unanimidade, para criar uma reserva natural local que, até hoje, não deu em nada.
Por isso, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN) tem em marcha uma petição colectiva visando propor à câmara e assembleia municipal um plano de acção com vista à instituição efectiva, até 1 de Setembro deste ano, da Reserva Natural Local das Salinas de Alverca do Ribatejo e que se estende em parte até ao vizinho Forte da Casa.
* Notícia desenvolvida na próxima edição impressa de O MIRANTE