Só daqui a cinco anos, na melhor das hipóteses, é que o Hospital de Vila Franca de Xira poderá receber obras de ampliação. Essa é pelo menos a expectativa do Ministério da Saúde que informou, antes do Natal, não ter qualquer intervenção de ampliação planeada para aquela unidade de saúde nos próximos anos.
Uma novidade que não apanha de surpresa os profissionais de saúde da unidade e as sucessivas administrações, que sempre se queixaram da falta de espaço, originadas em grande parte por idosos que estão lá acamados por falta de alternativas de resposta em cuidados continuados. A ministra da Saúde, Marta Temido, reconhece que a ampliação do edifício é a solução mais óbvia para resolver o problema, até porque há terreno disponível para o fazer.
Inaugurado em 2013 o novo hospital foi equipado com mais 60 camas do que o anterior Hospital Reynaldo dos Santos, passando para 320 camas disponíveis, mas cedo se percebeu que também a capacidade instalada era insuficiente para as necessidades dos 250 mil habitantes que a unidade serve. O novo edifício foi construído no âmbito de uma parceria público-privada por um consórcio liderado pela Somague mas envolvendo ainda os cinco municípios servidos pela unidade de saúde, que custou mais de 100 milhões de euros.
Um processo complexo e dispendioso
O novo presidente do Conselho de Administração (CA) do hospital, Carlos Andrade Costa, aproveitou o café de Natal oferecido aos colaboradores da unidade para lembrar que uma das suas prioridades será lutar para ampliar o hospital. O gestor afirmou já ter existido uma primeira reunião exploratória com os projectistas do edifício onde se esboçaram algumas ideias para o poder ampliar mas continua sem haver definição de projecto, custo ou previsão de obra.
“Sabemos que será um processo arrastado no tempo, complexo e dispendioso mas será essencial e por ser essencial começámos a fazê-lo ainda em 2021”, explicou. Sobre a passagem da gestão privada para a gestão pública, Carlos Andrade Costa disse aos colaboradores da unidade de saúde que só o empenho de todos permitiu “suavizar o processo” que nem sempre foi pacífico, conforme O MIRANTE noticiou.
Uma das últimas polémicas envolveu o internamento de doentes num dos pisos do edifício onde funcionava a garagem, situação motivada pela pandemia de coronavírus. Mas já antes, em 2019, foi notícia nacional a colocação de doentes numa das salas que estava destinada a servir como refeitório, por falta de espaço no internamento.
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