Arquimedes da Silva Santos vai dar nome a prémio nacional de educação, arte e cidadania
Natural da Póvoa de Santa Iria, cidade onde viveu até à sua morte, Arquimedes da Silva Santos foi um dos elementos que integrou o grupo neo-realista de Vila Franca de Xira e um pioneiro na introdução do ensino artístico nas escolas.
Depois dos prémios municipais Carlos Paredes (música) e Alves Redol (literatura) a Câmara de Vila Franca de Xira vai lançar outro: o prémio nacional de educação, arte e cidadania Arquimedes da Silva Santos.
O prémio destina-se a valorizar trabalhos académicos, ensaios inéditos e outros projectos de intervenção social elaborados em língua portuguesa e implementados em território nacional, relativos às áreas da educação, arte e cidadania. É uma homenagem à memória do autor neo-realista que morreu em Dezembro de 2019 aos 98 anos e que viveu grande parte da sua vida na Póvoa de Santa Iria.
Os prémios a atribuir aos vencedores são justificados pelo reconhecimento que a câmara atribuiu às áreas descritas enquanto elemento chave para o desenvolvimento de sentido crítico, imaginação, memória, lógica, poder de análise e de reflexão e consciência cívica. “Os benefícios da investigação académica e da criação de projectos específicos nestas áreas são visíveis em toda a comunidade constituindo-se como importantes contributos para um sistema de educação e ensino de crescente qualidade e, através dele, para o desenvolvimento cultural, social e cívico, não só do concelho mas de todo o país”, lê-se na proposta agora aprovada por unanimidade.
O documento apresenta uma primeira versão do regulamento do prémio que está em discussão pública e a recolher contributos da comunidade, associações locais e agentes culturais. Após a consulta pública será novamente submetido a reunião de câmara e à assembleia municipal para aprovação final.