Assembleias municipais querem ter mais protagonismo
Associação Nacional de Assembleias Municipais promoveu encontro em Santarém.
Presidentes e representantes de assembleias municipais do distrito de Santarém estiveram reunidos em Santarém, num encontro promovido pela Associação Nacional de Assembleias Municipais (ANAM) que serviu para troca de opiniões e de diferentes realidades, debatendo alguns dos desafios colocados na actualidade a esses órgãos autárquicos. A realização de assembleias municipais descentralizadas, recursos humanos e técnicos de apoio, assembleias de jovens e a gestão da participação dos munícipes foram algumas das matérias em foco.
O presidente da Assembleia Municipal de Santarém, Joaquim Neto, citado em comunicado, refere que existe a preocupação de realizar assembleias temáticas sobre assuntos de interesse geral, como seja o debate de questões relacionadas com rio Tejo ou o ambiente. À semelhança de muitas outras assembleias municipais, também em Santarém não se verifica uma forte participação do público, sendo que a transmissão online das reuniões, introduzidas durante a pandemia, têm-se revelado uma mais-valia.
Já a presidente da Assembleia Municipal de Alcanena, Teresa Sampainho, destaca que são muitas as dificuldades com que se depara, sendo a mais notória a falta de tempo para dedicar à análise de documentos. A Assembleia Municipal da Golegã fez-se representar por Filipe Gonçalves, que partilhou algumas das dificuldades sentidas por muitos dos autarcas presentes. Sendo a primeira vez que integra uma mesa de assembleia municipal, reconhece que muito há para fazer mas que “têm capacidade de “chegar a bom porto”. Descentralização de assembleias municipais e a realização de assembleias de jovens são algumas das boas práticas a implementar.
A presidente da Assembleia Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, revela não sentir qualquer necessidade a nível de apoio. A ex-presidente da câmara diz que hoje tem na assembleia a estrutura de apoio que criou enquanto presidente da câmara para o presidente de assembleia de então. No que diz respeito a boas práticas, a autarca gostaria de incluir em cada reunião um período de tempo dedicado às instituições do concelho.
Hugo Costa, presidente da Assembleia Municipal de Tomar, elogia a iniciativa da ANAM e considera que “é do debate que todos ganhamos e saímos reforçados”, acrescentando que “é relevante que trabalhemos e que consigamos ter as melhores soluções”. O autarca destaca as boas condições existentes no seu concelho mas não deixa de lamentar a falta de meios humanos: “Não se pode exigir de um deputado municipal que olhe para o orçamento do município em 4 ou 5 dias”.