Sociedade | 09-01-2022 07:00

Atraso na entrega de correio volta a gerar críticas em Santarém

Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara de Santarém

Presidente do município reconhece problema e diz que vai pedir nova reunião à administração dos CTT para saber o que se passa.

Os “atrasos significativos” na entrega de correspondência que se verificam há vários meses no concelho de Santarém voltaram a ser objecto de reparos na assembleia municipal. Na sessão realizada o final de Dezembro, o eleito socialista Luís Batista expressou a sua preocupação com o serviço prestado pelos CTT, que, na sua óptica, se tem vindo a agravar desde que o centro de distribuição postal mudou do centro da cidade para um pavilhão da zona industrial que, segundo o autarca, não oferece as melhores condições aos trabalhadores.

Luís Batista questionou o presidente da Câmara de Santarém se já tinha contactado ou pretendia contactar a administração dos CTT sobre o assunto, “porque é um serviço público que está a ser mal prestado no nosso concelho”. Na resposta, o presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), reconheceu que a situação é preocupante e garantiu que iria ser pedida nova reunião à administração dos CTT “para saber o que se passa”.

Ricardo Gonçalves deixou, inclusivamente, um exemplo sintomático dos atrasos na distribuição postal, revelando à assembleia que a correspondência que lhe devia ter chegado, enquanto militante do PSD, durante a campanha eleitoral interna para a presidência do partido, só lhe foi entregue em casa três semanas depois da eleição ter acontecido.

As críticas aos CTT já se tinham ouvido também na assembleia municipal realizada em Setembro de 2021, com o então presidente da Junta de Freguesia de Alcanhões, Pedro Branco, a referir que a greve dos carteiros em Santarém estava a causar acentuados atrasos na entrega de correspondência, nomeadamente dos vales de reforma aos aposentados.

Tal como O MIRANTE divulgou na altura, a correspondência acumulada no centro de distribuição postal de Santarém, Almeirim e Alpiarça continuava a crescer, havendo em meados de Setembro mais de 100 mil objectos por distribuir. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações defendia que eram necessários mais 12 carteiros para que se pudesse cumprir o serviço público com qualidade.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1657
    27-03-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1657
    27-03-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo