Caima investe 40 milhões em central de biomassa na fábrica de Constância
Empresa que produz fibras celulósicas para a indústria têxtil pretende abandonar os combustíveis fósseis em todo o seu processo de fabrico.
A Caima, que produz fibras celulósicas para a indústria têxtil, vai investir 40 milhões de euros na construção de uma caldeira de biomassa na sua fábrica de Constância e abandonar os combustíveis fósseis em todo o seu processo de produção. Em comunicado, a Caima, biorefinaria do grupo Altri, precisa que com este investimento pretende “garantir uma total autonomia energética de fontes exclusivamente renováveis, tornando-se desta forma na primeira empresa ibérica do seu sector a atingir este marco histórico”.
“Este objectivo será materializado na concretização do projecto ‘Caima Go Green’ e prevê que a nova central a biomassa funcione em articulação com a central existente da GreenVolt, substituindo – com aumento da capacidade – a caldeira a biomassa existente”, adianta a empresa. O investimento de 40 milhões de euros necessário para esta nova central, um dos maiores no interior do país, vai permitir à Caima ser a primeira fábrica de fibras celulósicas na Península Ibérica e uma das primeiras na Europa a funcionar sem recurso a combustíveis fósseis.
A Caima prevê que a nova central esteja concluída até ao final de 2024, sujeito às aprovações regulamentares adequadas. A energia produzida nesta nova central a biomassa a partir de resíduos florestais permitirá responder à totalidade das necessidades de energia térmica da fábrica localizada em Constância, e em particular de novos projectos de inovação, tornando possível também a produção de especialidades de valor acrescentado.
A nova central vai ainda aumentar a capacidade de produção de energia eléctrica, permitindo injectar mais energia verde na rede, adianta a empresa. A caldeira passará a funcionar sem recurso a combustíveis fósseis, promovendo-se a utilização de energias a partir de fontes renováveis, mas também a recolha e valorização de emissões gasosas industriais.
José de Pina, CEO (presidente executivo) da Altri, diz que “este é um passo importante para a Caima, não só por permitir um reforço da produção de fibras celulósicas e de novos projectos de inovação, mas principalmente pela aposta feita numa unidade que passará a ser totalmente verde, gerando energia para toda a unidade, mas também para disponibilizar à rede”.