Sociedade | 24-02-2022 09:59

Cirurgia inovadora une equipas médicas separadas por quase três mil quilómetros

Cirurgia inovadora une equipas médicas separadas por quase três mil quilómetros

Centro Hospitalar do Médio Tejo recebeu apoio de uma equipa médica situada na Áustria para uma inovadora abordagem de anestesia de bloqueio regional. Ferramenta digital “Smart glasses” foi utilizada pela primeira vez a nível nacional.

O Hospital de Torres Novas foi palco de duas cirurgias da especialidade de Cardiologia que utilizaram uma tecnologia inovadora. O acontecimento uniu duas equipas médicas de cidades separadas por quase três mil quilómetros através de um par de “óculos inteligentes” e uma ligação de Internet de banda larga.

A médica Georgia Riepl, do centro de referência austríaco Klinik Florisdorf, esteve a apoiar em directo, a partir de Viena, na Áustria, a equipa do director do Serviço de Anestesiologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), Nuno Franco, na introdução de uma inovadora abordagem de anestesia de bloqueio regional. A iniciativa surgiu no âmbito de duas cirurgias de implantes de cardiodesfibriladores por via subcutânea em doentes cardíacos agudos.

O CHMT esclarece em nota de imprensa que a técnica é uma alternativa à anestesia geral, que no caso de doentes cardíacos especialmente vulneráveis se torna uma “mais-valia incontestável”. A cirurgia só foi possível através do apoio clínico remoto prestado a partir da Áustria, com a utilização de uma tecnologia digital inovadora, materializada num par de óculos muito especial, designados por “Smart glasses”.

O equipamento é composto por uma pequena câmara situada debaixo do olho que transmite a imagem de todo o procedimento a um mentor, que pode estar em qualquer parte do mundo. No bloco operatório também esteve um pequeno visor pelo qual o médico Nuno Franco pôde guiar-se através da partilha de anotações por parte da médica austríaca.

A introdução da técnica no centro hospitalar vai gerar vários benefícios pré e pós-operatórios, nomeadamente a realização destes implantes em ambulatório, sem necessidade de internamento, e um pós-operatório menos doloroso devido à analgesia mais prolongada e localizada.

A ferramenta digital de proximidade cirúrgica foi utilizada pela primeira vez a nível nacional no CHMT. Casimiro Ramos, presidente do conselho de administração do CHMT, que integra os Hospitais de Torres Novas, Tomar e Abrantes, referiu que os utentes podem orgulhar-se de ter as melhores e mais pioneiras respostas e cuidados de saúde a nível nacional e internacional.

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