Compra de livros de arqueologia compromete autarcas da Chamusca
O presidente da Câmara da Chamusca não considera ilegal, nem eticamente reprovável, ter adjudicado a compra de mil exemplares de um livro a uma empresa dos filhos do presidente da assembleia municipal, Joaquim José Garrido.
Paulo Queimado considera que a aquisição, por adjudicação directa, de mil exemplares da “Carta Arqueológica do Concelho da Chamusca” a uma empresa dos filhos do presidente da assembleia municipal não é ilegal. Em declarações a O MIRANTE, o presidente da Câmara da Chamusca diz que a autarquia não desrespeitou nenhuma regra moral e ética, mesmo sabendo da possibilidade de os filhos de Joaquim José Garrido poderem contratar a empresa do pai para realizar a paginação, acabamentos e impressão da obra, como aconteceu.
“Houve um processo de consulta ao mercado e a Zaina foi quem ofereceu melhores condições. A partir daí, não faço ideia, nem preciso de saber, como são realizadas as subcontratações. Não tenho dúvidas da clareza do procedimento administrativo”, referiu.
Tal como O MIRANTE noticiou na edição de 24 de Março, o município pagou 18.600 euros pela primeira edição de 500 exemplares, valor que um ano depois voltou a pagar por uma segunda edição com o mesmo número de exemplares. O caricato da situação é que o município pagou o mesmo valor unitário pela reimpressão dos livros. Sobre esta questão, Paulo Queimado limitou-se a responder que houve necessidade de mandar imprimir mais 500 exemplares.
*Notícia desenvolvida na edição semanal em papel desta quinta-feira, 23 de Junho