Sociedade | 01-10-2022 16:51

Decisão de não abrir jardim-de-infância em Tomar causou transtornos

Decisão de não abrir jardim-de-infância em Tomar causou transtornos

Os encarregados de educação das crianças inscritas no jardim-de-infância da Escola Básica de Santa Iria foram obrigados a colocá-las noutros estabelecimentos porque o Ministério da Educação não permitiu a abertura desse espaço. Encarregados de educação foram apanhados de surpresa e queixam-se das contrariedades que a situação causou.

O volte-face do Ministério da Educação, que não abriu o Jardim-de-Infância da Escola Básica de Santa Iria, em Tomar, contrariando o que estava previsto, causou óbvios transtornos aos encarregados de educação dos alunos colocados. É o caso de Mariana Pinto, que descreveu a O MIRANTE o desenrolar do processo. “Quando soube que tinha gémeos tentei arranjar uma solução mais perto de casa para a minha filha mais velha, com 5 anos. Em Maio tratei do processo da transferência de Carvalhos de Figueiredo para o jardim-de-infância da Escola Santa Iria. Ficou inscrita e disseram-me que seriam precisas 10 crianças sendo a minha filha a 11ª”, afirmou.
“Confirmei em Julho que a Inês estava matriculada e tratei então de a inscrever no ATL da própria escola tendo começado a 5 de Setembro. Foi nesse dia que o Agrupamento Templários nos informou que o Ministério da Educação tinha decidido não abrir e pediram-nos então para aguardar uma semana que iam tentar reverter a situação”, continuou a enfermeira do Hospital de Tomar: “O ano lectivo começava numa quarta-feira [14 de Setembro] e pediram-me para aguardar até à sexta-feira seguinte, que me iam ligar. Ninguém telefonou.”
A 19 de Setembro ligou para a escola e falou com o director do Agrupamento, Paulo Macedo, mostrando a sua indignação. “É inadmissível esta situação”, reclama Mariana Pinto questionando: “Por acaso estou de licença de parto e consegui ficar com a minha filha. E se não estivesse? Teria de faltar ao trabalho”. A encarregada de educação optou pelo jardim-de-infância que a sua filha frequentava, Carvalhos de Figueiredo. “Não a ia sujeitar a uma nova mudança”, conta.
O vereador da Câmara de Tomar responsável pelo pelouro da Educação considera que o Ministério da Educação cometeu um erro. “Trabalhámos em função da abertura, os pais matricularam as crianças e depois em Agosto somos surpreendidos com este voltar atrás”, disse Hugo Cristóvão a O MIRANTE. “Tentámos junto do Ministério conseguir reverter a situação. O secretário de Estado esteve em Tomar precisamente no dia da abertura oficial do ano lectivo, mas infelizmente isso não aconteceu”, relata o vereador que, ainda assim, mostra confiança que o jardim-de-infância funcione no próximo ano lectivo.

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