Sociedade | 24-01-2022 12:00

Edição Semanal. Arrombaram Igreja de Alhandra e levaram os euros das esmolas

Edição Semanal. Arrombaram Igreja de Alhandra e levaram os euros das esmolas

Ladrões levaram todo o dinheiro que encontraram na sacristia e nas caixas das esmolas. Polícia recolheu impressões digitais e está a investigar. Presidente da junta diz-se preocupado com este tipo de criminalidade.

As autoridades policiais estão a investigar os contornos do assalto à igreja matriz de Alhandra que resultou no desaparecimento de 1.700 euros das caixas de esmolas. Os larápios ainda estão a monte. O roubo aconteceu na madrugada de 28 de Dezembro em hora não concretamente apurada pelas autoridades. Beneficiando da localização isolada da igreja, situada no alto da vila e por isso não tendo casas nas proximidades, os ladrões arrombaram a porta principal do templo e, no seu interior, danificaram e conseguiram abrir todas as caixas de esmolas que estão espalhadas pelas paredes do templo. Daí sacaram todas as moedas que encontraram.
Dos 1.700 euros em esmolas que estavam dentro da igreja parte do dinheiro, cerca de 1.300 euros, já estava recolhido em sacos que estavam guardados num móvel da sacristia e que os ladrões também levaram consigo depois de remexer todo o espaço. Foi o pároco que, já de manhã, deu com o cenário de destruição e alertou as autoridades policiais, que realizaram perícias no local.
A O MIRANTE, a PSP confirma a ocorrência e a apresentação da queixa. Explica que foi accionada uma equipa da Polícia de Segurança Pública que realizou recolhas lofoscópicas por impressões digitais que podem ajudar a encontrar o autor ou autores do crime. Por se encontrar ainda a decorrer a investigação a polícia não adianta mais detalhes.
Já o presidente da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, Mário Cantiga, diz-se surpreendido com o caso mas simultaneamente preocupado com estes novos fenómenos de criminalidade. “É sempre preocupante ver este tipo de situações a acontecer. Do que sabemos, foi um caso isolado mas ficamos apreensivos e esperemos que não se volte a repetir. Até porque uma parte importante do dinheiro das esmolas ajuda a paróquia e o apoio que esta dá a famílias que precisam”, explica o autarca.
Segundo Mário Cantiga, a população não deve ficar alarmada com a situação porque, afiança, a freguesia é segura. “Das reuniões que temos tido com as forças policiais no Conselho Municipal de Segurança temos sempre sido elogiados como a freguesia mais segura do concelho”, destaca.

Último grande assalto foi julgado há dez anos

Cumprem-se em Janeiro dez anos desde que foi conhecida a sentença de um dos últimos grandes assaltantes de igrejas do concelho de Vila Franca de Xira, condenado a sete anos e seis meses de prisão efectiva por ter cometido 19 crimes de furto de arte sacra. Na ocasião, o advogado de defesa reconheceu que os juízes foram benevolentes com o cliente, um antigo cozinheiro de profissão de Vila Franca de Xira com problemas psicológicos que, à data dos factos, tinha 40 anos. Já tinha antecedentes pela prática de assaltos semelhantes noutros espaços religiosos e acabou por receber pena de prisão efectiva depois dos juízes considerarem que as penas suspensas não foram suficientes para corrigir o seu comportamento.
Além da igreja matriz e da capela do cemitério de Vila Franca de Xira, também foi considerado culpado de assaltar a capela da Guia, em Alhandra, juntamente com outras igrejas da zona de Lisboa. No banco dos réus na altura estiveram também dois comerciantes lisboetas acusados de crimes de receptação. Um foi absolvido mas o outro, restaurador de arte, foi punido com uma multa de 2.250 euros por ter praticado seis crimes de receptação de obras de arte sacra que sabia serem roubadas.

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