Sociedade | 26-02-2022 18:00

Edição Semanal. Automóvel roubado entre o lixo retirado do fundo da albufeira de Castelo do Bode

Automóvel estava a três metros de profundidade e foi roubado em 2009

Unidades especiais da GNR, dos Bombeiros Municipais de Tomar e da Protecção Civil estiveram durante uma manhã a limpar as margens e o fundo da albufeira de Castelo do Bode. Operacionais retiraram um veículo do rio que foi roubado na zona de Coimbra em 2009.

As unidades especiais subaquáticas da Guarda Nacional Republicana (GNR), dos Bombeiros Municipais de Tomar e da Protecção Civil estiveram durante a manhã de 16 de Fevereiro a limpar as margens e o fundo da albufeira de Castelo do Bode, junto à praia fluvial de Vila Nova da Serra, no concelho de Tomar. Os operacionais e mergulhadores também se deslocaram à praia fluvial de Aldeia do Mato, em Abrantes, para remover os resíduos que o baixo nível da água deixou a descoberto.
Na praia fluvial de Alverangel, também conhecida como praia fluvial de Chãs da Conheira, na zona da aldeia do Casalinho, em Tomar, um grupo de voluntários também participou na iniciativa que resultou na remoção de vários resíduos. Recorde-se que esta praia já foi notícia várias vezes em O MIRANTE por servir de depósito de lixo para algumas das pessoas que frequentam diariamente a zona balnear.
As operações foram acompanhadas por autarcas de Tomar, Abrantes e Ferreira do Zêzere, pelo ministro do Ambiente e Acção Climática, João Matos Fernandes, pelo Comandante Distrital de Protecção Civil, David Lobato e por representantes de outras forças de segurança e da APA (Agência Portuguesa do Ambiente). Entre os resíduos que foram recolhidos estavam embalagens de plástico, garrafas de vidro e bens pessoais como roupa, toalhas e bonés.
A comitiva pôde assistir também à remoção de um automóvel, situado a três metros de profundidade, que foi avistado há umas semanas, na localidade de Vale da Menina, Alqueidãozinho, na freguesia de Serra, devido ao desnível da água. Ao que O MIRANTE apurou, o carro pertenceu a um homem residente na zona de Coimbra e estava dado como desaparecido desde 2009, altura em que foi roubado. Ao que tudo indica, o veículo foi parar ao fundo do rio para que quem o roubou se pudesse desfazer dele. A operação durou cerca de duas horas e para conseguirem transportar o carro debaixo de água ao longo de cerca de um quilómetro as autoridades utilizaram bóias para fazer flutuar a viatura.
Não foi a primeira vez que as unidades subaquáticas das forças de segurança e bombeiros retiraram do fundo da albufeira um automóvel. Em 2020, na praia fluvial do Alqueidão, freguesia de Olalhas, a equipa de mergulhadores dos Bombeiros de Tomar removeram outro carro do rio que também tinha sido dado como desaparecido há seis meses.

Suspensão da produção da electricidade nas barragens está a ser eficaz

As medidas de restrição, devido à seca, impostas no início do mês de Fevereiro ao uso de seis barragens para produção de electricidade e para rega agrícola estão a revelar-se eficazes, afirmou o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes.
Segundo o governante, em duas das albufeiras, Aguieira e Touvedo, já se saiu da situação crítica e têm mais de 70% de água. Em termos globais, acrescentou, todas as albufeiras estão a recuperar, como é o caso da albufeira de Castelo do Bode, em que o nível das águas está “estável”, num local onde “todos os dias há uma grande retirada de água para consumo humano”, pela Águas de Portugal/EPAL.
Questionado sobre que medidas podem vir a ser tomadas no futuro para resolver os problemas causados pela seca, Matos Fernandes não descartou a hipótese de, no princípio de Março, serem tomadas mais medidas, ou mais alargadas, de restrição ao uso de água. “Neste momento a situação é estável, mas se tivermos de estender esta medida a outras barragens, fá-lo-emos”, afirmou, salientando que “a principal função da água das barragens será sempre o consumo humano” e que, em todas elas, tem de se garantir que existe água para dois anos desse consumo.
Para já, há cinco barragens cuja água só será usada para produzir eletricidade cerca de duas horas por semana garantindo valores mínimos para a manutenção do sistema: Alto Lindoso e Touvedo, no distrito de Viana do Castelo, Alto Rabagão, em Montalegre, Cabril, distrito de Castelo Branco, e Castelo do Bode, distrito de Santarém.

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