Sandra Nascimento, funcionária da Águas do Ribatejo (AR), queixa-se de estar há cerca de dois anos a ser vítima de assédio moral no trabalho por parte da sua chefe de departamento. A funcionária do laboratório da empresa intermunicipal, de 32 anos, diz que tem desempenhado funções num ambiente de “medo, pressão, ansiedade, insegurança e angústia”. Apresentou queixa na Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e GNR depois de um episódio de, alegada, agressão física e de ter levado o caso ao director-geral da empresa, Moura de Campos, que, diz, “nada fez”.
A AR, em resposta a O MIRANTE, afirma que foram instaurados procedimentos de inquérito e disciplinar, que acabaram por ser arquivados não tendo sido possível, através da análise de documentos e depoimentos de testemunhas, provar “qualquer violação dos deveres laborais”.
O episódio mais grave terá acontecido, segundo a funcionária, no dia em que a chefe a agrediu fisicamente. “Sem que nada o fizesse prever, agrediu-me, agarrando-me e apertando-me repentinamente e bruscamente o braço direito, provocando-me dor, vermelhidão, nódoas negras superficiais e mau estar psicológico”, conta a O MIRANTE acrescentando que “burra” era um insulto que ouvia constantemente.
Segundo Sandra Nascimento, a chefe ensinou-lhe procedimentos errados, mudava constantemente os métodos de trabalho, deixando-a “confusa e sem tempo para assimilar tanta mudança”, e impediu-a de utilizar um instrumento necessário à realização de uma das suas principais tarefas. O objectivo era, diz, fazê-la duvidar das suas capacidades de trabalho.
No início deste mês, a funcionária foi informada de que o seu contrato, que termina a 20 de Janeiro, não irá ser renovado. “Mais uma vez sairá impune e sem qualquer consequência por todo o mal que fez e mais uma vez será uma das suas vítimas a sair da empresa”, afirma. Sandra Nascimento garante que vai prosseguir com as queixas, com o objectivo de evitar que “mais alguém sofra” de terror psicológico às mãos da sua chefe.
Sobre a não renovação do contrato, a AR afirma que por uma questão de optimização foi decidido externalizar os serviços, acrescentando que para manter o laboratório em funcionamento seria necessário realizar um avultado investimento para requalificar o equipamento.
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