Sociedade | 18-05-2022 12:00

Edição Semanal. Junção de corpos de bombeiros em Santarém volta à ordem do dia

Ricardo Gonçalves e Diamantino Duarte durante as celebrações dos 150 anos dos Bombeiros Voluntários de Santarém, em Dezembro de 2021

Presidente da câmara deu nota dessa intenção em reunião do executivo e líder dos Bombeiros Voluntários de Santarém diz-se disponível para conversar sobre uma possível agregação com os Bombeiros Sapadores municipais.

A integração do corpo de bombeiros municipal nos Bombeiros Voluntários de Santarém (BVS) está de novo em cima da mesa. Na última reunião de câmara, o presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), diz que está a ser equacionada “uma solução definitiva” que pode passar pela “fusão” dos dois corpos. O presidente da direcção dos BVS, Diamantino Duarte, diz-se disponível para discutir o assunto mas prefere usar o termo “integração”, alegando que a fusão das duas corporações pressuporia a criação de uma nova entidade. E os Bombeiros Voluntários de Santarém têm uma história de 150 anos a preservar.
Em resposta a questões colocadas pelo vereador do Chega, Ricardo Gonçalves disse que a solução em estudo visa reduzir custos e melhorar a operacionalidade na área da protecção civil no concelho. “Todos os anos aumentamos o orçamento para os bombeiros e, se isso não resolve os problemas, então teremos que repensar” o modelo, disse o autarca, lembrando que o assunto já esteve em cima da mesa em anteriores mandatos.
Ricardo Gonçalves referiu que os bombeiros e o comandante distrital estão a par dessa possibilidade e assumiu ainda que a eventual agregação das duas corporações não será uma solução consensual. O presidente da câmara admitiu também que se avançarem para a “fusão” não fará sentido contratar mais bombeiros para os Sapadores de Santarém, como estaria previsto.
O líder dos Bombeiros Voluntários de Santarém não rejeita soluções que melhorem a operacionalidade e o serviço às populações sem um crescimento exponencial dos custos. Diamantino Duarte diz que o município gasta anualmente mais de 3 milhões de euros em protecção civil com o que paga às associações humanitárias e aos sapadores municipais, a que se somará mais um milhão de euros que as três corporações de bombeiros voluntários do concelho gastarão do seu orçamento. “Ao todo serão cerca de 4 milhões de euros que dão para ter uma protecção civil ao nível do melhor que existe no país”, afirma.
Diamantino Duarte que, a haver alterações ao actual figurino, terá de ser uma solução integrada, que envolva também as corporações de Alcanede e de Pernes “e que seja para criar uma protecção civil de acordo com o dinheiro que se gasta”. Mas, adverte o presidente dos BVS, que “não é um processo simples e que se possa concretizar de um dia para o outro”.

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