<strong>Empresas do Sobralinho resistiram a fogo que destruiu armazéns</strong>
Um mês depois de cinco armazéns terem sido totalmente consumidos pelo fogo a maioria dos negócios conseguiu manter-se de pé e mudar-se para instalações temporárias. A especulação nas rendas pedidas pelos armazéns vizinhos é que não está a ajudar.
O espírito resiliente dos empresários e trabalhadores é posto à prova quando a adversidade bate à porta e foi isso mesmo que os negócios afectados pelo incêndio de Agosto na zona industrial do Sobralinho estão a fazer.
Um mês depois de terem perdido milhares de euros de material e as conquistas de uma vida os empresários não baixaram os braços, não despediram trabalhadores e a muito custo continuam a manter as portas abertas aos clientes e fornecedores. O MIRANTE falou com três empresários sobre o que aconteceu e como estão a recuperar os negócios depois do desastre.
Mário Teles é um dos encarregados da Tecnerga, empresa que trabalha com material eléctrico e de alta tensão. Para ele o fogo do Sobralinho foi duplamente penoso: perdeu o local de trabalho e o recheio da sua casa. “Comprei casa em Vila Franca de Xira e estava a mudar as minhas coisas para lá e tinha-as no armazém. Perdi tudo. Móveis, electrodomésticos, loiças, ferramentas, todas as recordações”, lamenta a O MIRANTE. Mário Teles já leva 38 anos na empresa e agradece aos patrões o esforço feito para continuar a manter o negócio, que se instalou temporariamente num outro armazém à beira da EN10 em Alverca. “Foi uma grande infelicidade mas toda a gente levantou a cabeça e seguiu em frente. Temos todos vontade de reagir e continuar”, garante.
* Reportagem desenvolvida para ler na íntegra na próxima edição impressa de O MIRANTE